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A atriz Susanna Herbet e o ator Robert Jack, que interpretam o imperador da Rússia Nicolau II e a imperatriz Alice de Hesse e Reno na série || Créditos: Reprodução
A atriz Susanna Herbet e o ator Robert Jack, que interpretam o imperador da Rússia Nicolau II e a imperatriz Alice de Hesse e Reno na série || Créditos: Reprodução

Lançada no começo desse mês pela Netflix e sucesso imediato de público e de crítica, a série de época “Os Últimos Czares”, que trata do fim da dinastia Romanov na Rússia, na década de 1910, se tornou alvo de piadas no país. E os motivos para isso são vários, mas o que está particularmente deixando os moradores de lá rindo litros é o fato de que a superprodução exagera nos diálogos romantizados, que para eles fogem muito de sua realidade notoriamente mais fria.

Some-se a isso alguns errinhos básicos, como uma cena de uma Praça Vermelha ambientada em 1905 que claramente mostrava o túmulo de Lenin, construído só em 1924, e até dá pra compreender a reação dos conterrâneos de Vladimir Putin. E isso sem falar no título americanizado da atração em inglês: “The Last Czars”, sendo que o termo “czar” é comum apenas nos Estados Unidos, ao passo que os russos preferem a versão britânica da palavra, que é “tsar”.

Para a gigante do streaming, no entanto, tal indiferença russa em relação àquele que é um de seus maiores lançamentos nesse ano pouco importa, já que “Os Últimos Czares” foi feita para agradar uma audiência global. “É uma produção estilosa que mistura fatos históricos com uma dramatização capaz de manter o telespectador interessado o tempo inteiro”, elogiou Dorothy Rabinowitz, que escreve sobre televisão para o “Wall Street Journal”. (Por Anderson Antunes)

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