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Safári em Botsuana, na África || Créditos: Dana Allen/Divulgação

Oásis é uma palavra romântica. Um trecho da vegetação que aparece como por milagre, na imensidão do deserto. Uma pequena miragem verde isolada na total aridez. Não é  bem assim no maior oásis do planeta. Na África ele se espalha grandioso pelo norte de Botsuana – país plano como uma mesa e com 70% de território tomado pelo deserto.

Esse oásis formado pelo delta do Okavango, rio que nasce nas montanhas de Angola, atravessa a fronteira de Botsuana e, em vez de desaguar no mar, termina no deserto de Kalahari. É um final apoteótico. Sob a forma de leque, o Okavango alaga a planície, formando milhares de ilhas e centenas de lagoas. A água se infiltra por 15 mil quilômetros quadrados – 15 vezes a área da cidade de São Paulo, para se ter uma ideia.

O maior oásis do mundo, obviamente, atrai muita vida selvagem em busca de água e alimentação. Só entre os mamíferos, são milhares de impalas, leões, hipopótamos, girafas, zebras, javalis, gnus, guepardos, leopardos e rinocerontes. O jeito mais cômodo de observar a imensa fauna do delta do Okavango pode ser refestelado na poltrona vendo um documentário de TV. A melhor maneira, porém, é se instalar em um dos 16 lodges – exclusivíssimos e com toda a mordomia – que a Wilderness Safaris tem na Região.

O Vulumbra Plains é um deles. Chegar lá é uma experiência formidável por si só. A bordo de um Cessna voando em baixa altitude – a Wilderness Safaris tem uma frota de aeronaves novas e seus próprios pilotos – é possível ver manadas de búfalos e de elefantes se movendo pelas ilhas do delta. Nenhum outro lugar do mundo, aliás, tem tantos elefantes quanto Botsuana. Eles formam uma manada estimada em 90 mil animais – a mesma população de Francistown, a segunda cidade do país. Na capital, Gaborone, vivem 230 mil pessoas.

Encravado em pleno delta, o Vumbura Plains acena com 14 suítes, erguidas em uma arquitetura de linhas retas, aninhadas sob a sombra de um magnífico dossel de árvores nativas. Cada acomodação tem 200 metros quadrados e um deque com piscina privativa. Na área comum, lounges, bar e restaurante. Dali se ouve o chamado de todas as vozes da selva. Não é de se estranhar que um lugar tão especial tenha recebido diversos prêmios. Entre eles, o Elle Decór Interior Design, em 2006, o dos leitores da revista americana Condé Nast Traveler, de 2014, e do Style Junkies, também no ano passado.

Vumbura Plains || Créditos: Dana Allen/Divulgação

Há quatro opções para desbravar as cercanias de Vumbura: em caminhadas, em veículos 4×4 abertos, em lanchas voadeiras ou nas mokoros, canoas estreitas em que cabem apenas duas pessoas sentadas e o condutor, o ranger. Ele move o barco com o auxílio de uma vara. Os tipos de transporte, vale frisar, não são excludentes. O melhor é experimentar todos. Eles levam à algazarra dos babuínos, ao ronco dos leões, aos hipopótamos que se banham entre os canais, à disparada dos antílopes, às reuniões das zebras bebendo a água do delta. Detalhe: a água, que parece escura a distância, é de uma limpidez assombrosa quando vista de perto.

Passeio de canoa Mokoro || Créditos: Dana Allen/Divulgação

GUARDIÃS DO FUTURO

Fundada 1983, a Wilderness Safaris éuma companhia de ecoturismo com sede na áfrica do Sul. Premiada por publicações especializadas como a britânica Tatler ou a americana Travel + Leisure, a empresa administra lodges em Botsuana, África do Sul, Quênia, Namíbia, ilhas Seychelles, Zâmbia e Zimbábue. Em todos, a filosofia é oferecer exclusividade em acomodações luxuosas fincadas em lugares remotos – o mais próximo da vida selvagem. Tudo isso sem jamais abdicar do compromisso de proteger o meio ambiente. A Wilderness se destaca, por exemplo, pela defesa e reintrodução de espécies de animais selvagens ameaçadas de extinção nos países em que atua. Entre seus programas de responsabilidade social, o mais premiado é o Children in the Wilderness, que visa não só educar e alimentar as crianças que vivem em lugares remotos da África, mas também cria líderes ambientais nessas comunidades. As crianças que moram na vizinhança dos parques e das reservas frequentam as escolas mantidas pelo programa. Ali, aprendem não só a importância da preservação da natureza, mas também recebem treinamento oara atuar profissionalmente no local em que vivem como guias ou técnicos especializados na fauna e flora locais.

Por Walterson Sardenberg Sº para a revista PODER

Viagem feita a convite da operadora Highland e da South African Airways 

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