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Harvey Weinstein, Kevin Spacey e Louis C.K.: prejuízo atinge toda a indústria de Hollywood

Quando surgiram revelações de que Louis C.K. assediou sexualmente várias mulheres, aquele que foi um dos comediantes mais celebrados de Hollywood nos últimos anos perdeu quase que imediatamente todos os empregos que mantinha. Com renda anual na casa dos US$ 52 milhões (R$ 168,2 milhões), ele foi demitido pelos canais HBO e FX, nos quais estava no ar há anos em séries e outros programas, e teve cancelados os dois especiais que havia acertado com a Netflix e que já estavam em fase de produção. Em todos os casos, as produções em jogo faziam jus à reputação que Louis construiu por lá, e empregavam centenas de pessoas que agora se encontram na mesma situação que ele: todas no olho da rua.

Algo parecido aconteceu no entorno de Kevin Spacey: alvo de acusações de assédio, assim como o comediante, o astro de “House of Cards” colocou em cheque as gravações da sexta temporada da atração e os empregos de todos os envolvidos nela – entre elenco e equipe, são mais de 300 pessoas.

Embora não exista um número especial, é justo dizer que os prejuízos causados pela abertura da caixa de Pandora dos casos de assédio sexual envolvendo famosos do cinema e da televisão já estão na casa das centenas de milhões de dólares, considerando apenas os valores investidos nos projetos que essas estrelas tocavam e que, por razões óbvias, perderam o charme e capacidade de atrair público.

Em poucos lugares, no entanto, o clima é tão pesado quanto nos bastidores da The Weinstein Company – a produtora fundada por Harvey Weinstein e seu irmão, Bob Weinstein – que gera mais de 200 empregos diretos e agora corre o risco de ser fechada. A empresa está sendo investigada por procuradores de Nova York por ter sido o cenário da maior parte dos crimes sexuais atribuídos a Weinstein e precisou abortar vários projetos, inclusive uma série que teria Robert De Niro e Julianne Moore como protagonistas.

E se o caos já está instalado, também está longe de chegar ao fim. É o que pensa Daniel Holloway, um especialista em TV da “Variety”, que em entrevista para a rede americana NBC afirmou acreditar que mais casos de assédio e possivelmente até de outros crimes virão à tona muito em breve. “Há um impacto financeiro muito grande quando
coisas desse tipo acontecem”, Holloway disse. “Mas por causa do clima de justiça muitas cabeças deverão rolar ainda”. A torcida é para que sejam apenas as cabeças certas. (Por Anderson Antunes)

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