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Jodie Foster || Créditos: Getty Images
Jodie Foster || Créditos: Getty Images

A melhor parte de se envelhecer em Hollywood no caso das raras estrelas que passam dos 40 e ainda recebem boas ofertas de trabalho é que as cobranças (por grandes bilheterias, por prêmios, pela silhueta perfeita…) diminuem, e isso de acordo com Jodie Foster. A veterana atriz americana volta aos cinemas do hemisfério norte neste fim de semana no thriller de ação “Hotel Artemis”, ambientado no futuro, no qual interpreta uma enfermeira responsável por um hospital cujos pacientes são todos criminosos. Ela lidera um elenco formado por nomes como Sterling K. Brown, Jeff Goldblum, Sofia Boutella e Zachary Quinto.

Em entrevista ao “New York Post”, Foster contou que vive uma fase bem mais relaxada e deboísta tanto na vida pessoal quanto na profissional e credita o passar dos anos por isso. “Estou com 55, e agora simplesmente só faço o que quero”, disse. O próprio bate-papo foi do jeito que a vencedora do Oscar por “O Silêncio dos Inocentes” mais gosta: sentada em seu sofá, sem sair de casa.

“Me falaram que eu podia falar com a imprensa por telefone para divulgar esse filme. É um novo mundo, bem mais interessante!”, completou a estrela, que mantém há tempos um dos maiores cachês do showbiz hollywoodiano – nunca menos do que US$ 10 milhões (R$ 38,3 milhões) por fita – e atua desde os nove anos, quando fez sua estreia em “Napoleon and Samantha”, um longa de Bernard McEveety.

Nos últimos anos, Foster se alternou entre jobs seletos na frente e por trás das câmeras, sendo que a última empreitada dela como diretora foi no episódio “Arkangel” da cultuada série “Black Mirror”, da Netflix. Mas ela não pensa em assumir a batuta de um grande projeto tão cedo, já que acredita que a proliferação de superproduções baseadas em super-heróis transformou a sétima arte em apenas mais um negócio.

“Os grandes estúdios hoje em dia só querem saber de gastar US$ 200 milhões (R$ 766,6 milhões) em um filme que vai render cinco vezes isso e ajudar a vender a maior quantidade possível de Coca-Colas”, reclamou. “Gosto de contar histórias diferentes, não necessariamente pra agradar um grande público. E tenho liberdade pra isso. Se me chamarem pra fazer uma ponta em um curta legal e independente, tipo coisa de profissionais novatos mesmo, gravado com iPhone e tal, eu topo!”. (Por Anderson Antunes)

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Dá um play aí embaixo pra ver o trailer de “Hotel Artemis”, que ainda não tem data de estreia no Brasil:

https://www.youtube.com/watch?v=YtwQkjnyJJw

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