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Andowah Newton, que trabalha na LVMH de NY || Créditos: Reprodução
Andowah Newton, que trabalha na LVMH de NY || Créditos: Reprodução

Maior conglomerado de marcas de luxo do mundo, o grupo francês LVMH é alvo de uma ação trabalhista que corre desde meados de abril na justiça de Nova York e tem chances de se tornar um escândalo bem maior se não for tratado com a devida atenção. A responsável pela abertura do processo é Andowah Newton, vice-presidente jurídica do LVMH nos Estados Unidos, que resolveu cobrar a gigante da moda nos tribunais americanos depois de supostamente ter sido assediada por um superior que dá expediente na matriz da gigante da moda na França e por enquanto não teve o nome revelado.

Segundo consta nos papéis relativos ao imbróglio, ele forçou Newton a se abaixar atrás de uma mesa e pressionou suas partes íntimas contra o rosto dela. A executiva disse nos autos que informou os patrões sobre o comportamento indevido do colega logo depois do ocorrido, mas ouviu deles que isso era consequência de “trabalhar nos altos rankings de uma empresa com cultura francesa”. Além disso, uma investigação interna foi supostamente conduzida com o intuito único de constrangê-la.

O problema é particularmente complicado para a LVMH, que é dona de marcas como Louis Vuitton e Dior, porque as leis de NY que tratam de assédio sexual no trabalho foram alteradas depois do estouro do #MeToo para prevenir que empregadores e empregados fechassem acordos extra-judiciais em casos como o relatado por Newton, a fim de evitar a criação de uma indústria de indenizações. Trocando em miúdos, uma batalha legal entre as partes envolvidas será inevitável a partir de agora. (Por Anderson Antunes)

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