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Foto: Dia Dipasupil/Getty Images

Segunda maior fabricante de cosméticos do mundo, a Estée Lauder não quer saber de preconceitos cometidos por seu time de mais de 48 mil funcionários espalhados pelo mundo, seja os de menores cargo até integrantes de seu conselho de administração. E a prova disso está no fato de que um dos principais executivos da gigante americana foi recentemente demitido por conta de um post de extremo mau gosto que fez no Instagram, contendo memes com a chamada “N-word”, considerada um insulto racial nos Estados Unidos, e piadas sem a menor graça sobre a Covid-19.

John Demsey, que presidia a Clinique e a MAC, subsidiárias da Estée Lauder, foi informado dias atrás por Nicole Monson, que comanda o recém-criado Centro de Excelência em Equidade e Engajamento (COE, na sigla em inglês) da companhia, que sua postagem no Insta, já deletada, não coincide com os valores da empresa, e por isso seus serviços não seriam mais necessários.

Demsey, no entanto, não saiu da de mãos vazias, uma vez que seu desligamento da empresa lhe rendeu US$ 9,6 milhões (R$ 49,5 milhões) entre salários e bônus aos quais tinha direito. Mas a demissão dele serve de exemplo para que se confirme que cada vez mais as grandes empresas estão se preocupando com os temas do COE comandado por Monson, que também é vice-presidente sênior de Equidade e Engajamento da marca de produtos de beleza americana.

Fundada em 1946 pela lendária empreendedora que lhe dá nome e seu marido, Joseph Lauder, a Estée Lauder foi criada em uma época em que apenas os homens faziam isso. A empresa é hoje a segunda maior do mundo tanto em receitas quanto em valor de mercado. Em seu balanço publicado em 2021, a companhia informou ter faturado US$ 14,3 bilhões (R$ 73,8 bilhões) em seu último ano fiscal e tem capitalização de US$ 108 bilhões (R$ 557,3 bilhões) na Bolsa de Nova York, o que a coloca apenas atrás da L’Oréal em ambos os aspectos.

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