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Em sentido horário: Cristiane Oliveira, Lea T., Eliane Caffé e Lenadra Leal e o elenco de “Divinas Divas” || Crédito: Luciana Tancredo  

O Festival do Rio encerrou sua 18ª edição com uma festa de gala na noite nesse domingo. Com lista de convidados assinada por Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho, e com Isis Valverde e Antonio Calloni como mestres de cerimônia, o evento teve como protagonista as mulheres. Os dois longas consagrados da noite eram de diretoras: “Mulher do Pai”, de Cristiane Oliveira, e “Era o Hotel Cambridge”, de Eliane Caffé, que levaram três estatuetas cada.

A categoria Direção de Ficção foi arrebatada também por uma mulher. Cristiane Oliveira levou o Troféu Redentor por “Mulher do Pai”. “Esse filme é fruto das políticas de descentralização do investimento e que elas continuem. A diversidade é a maior riqueza que temos no Brasil e a Ancine tem colaborado para isso. Melhorias sempre, retrocesso jamais”, agradeceu.

Na categoria Escolha do Público, o eleito foi “Era o Hotel Cambridge”, como o melhor longa de ficção. Leandra Leal, que estreou na direção com “Divinas Divas”, levou o troféu de melhor longa documentário. “Esse prêmio é uma realização. Fazer um filme é muito difícil. É bom saber que ele comunicou, que chegou ao público, que foi escolhido pelo voto popular. É lindo”, disse.

Empatados com duas estatuetas ficaram “Fala Comigo”, do estreante Felipe Sholl, “Sob Pressão”, de Andrucha Waddington,“Redemoinho”, de José Luiz Villamarim, “Divinas Divas”, de Leandra Leal, e “Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos”, de Sérgio Oliveira, que se dividiram nas diversas categorias da premiação.

*

Protestos contra o presidente Michel Temer também fizeram parte do discurso de muitos diretores. “O Festival do Rio está inserido no contexto do país. Temos que usar o que estamos vivendo contra a intolerância. A possibilidade de ouvir o outro e repensar. Queremos que o não ao retrocesso seja um sim ao avanço. A garantir o que desejamos. E mais: garantir que o cinema tenha um lugar efetivo de inclusão e interferência nisso”, explicou Ilda Santiago, diretora do Festival do Rio.

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Criado desde o último ano, o Felix concede um troféu especial, o Suzy Capó, a uma personalidade que se destacou na promoção dos direitos LGBTQI. Este ano, a modelo Lea T. foi a homenageada. “Não conseguia me ver recebendo uma homenagem como essa. Fiquei muito grata por terem lembrado de mim como personalidade. Conheço várias meninas e meninos, pessoas transexuais, e hoje eu sou todos nós. Todos que acreditam que podemos viver em um mundo com mais liberdade”.

Com mais de 250 filmes no catálogo, o festival contou com 21 salas de cinema no Rio e Niterói por mais de 200 mil espectadores. Abaixo, os cliques da noite e lista dos vencedores.

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Confira abaixo todos os vencedores do Festival do Rio 2016:

Première Brasil
JÚRI presidido por Charles Tesson, crítico e Diretor da Semana da
Crítica do Festival de Cannes, e composto por Maria Augusta Ramos,
diretora, Rodrigo Santoro, ator e Sandra Kogut, diretora:
MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO – Fala Comigo, de Felipe Sholl
MELHOR LONGA-METRAGEM DE DOC – A Luta do Século, de Sérgio Machado
MELHOR CURTA-METRAGEM – O Estacionamento, de William Biagioli
Menção Honrosa curta-metragem – Demônia, um Melodrama em 3 atos, de
Fernanda Chicollet e Cainan Baladez
MELHOR DIREÇÃO DE FICÇÃO – Cristiane Oliveira por Mulher do Pai
MELHOR DIREÇÃO DE DOC – Sérgio Oliveira por Super Orquestra Arcoverdense
de Ritmos Americanos
Menção Honrosa Direção de Documentário – Marcos Prado, por Curumim
MELHOR ATRIZ – Karine Teles por Fala Comigo
MELHOR ATOR – Nelson Xavier, por Comeback e Julio Andrade por Redemoinho
e Sob Pressão
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Verónica Perrotta por Mulher do Pai
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Stepan Nercessian por Sob Pressão
MELHOR FOTOGRAFIA – Fernando Lockett por Superorquestra Arcoverdense de
Ritmos Americanos e Heloisa Passos por Mulher do Pai
MELHOR MONTAGEM – Marcio Hashimoto por Era o Hotel Cambridge
MELHOR ROTEIRO – Martha Nowill e Charly Braun por Vermelho Russo
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI – Redemoinho, de José Luiz Villamarim

NOVOS RUMOS – Júri composto por Beth Sá Freire, curadora, Eron Cordeiro,
ator e Marina Meliande, produtora e diretora.
MELHOR FILME – Então Morri, de Bia Lessa e Dany Roland
MELHOR CURTA – Não me prometa nada, de Eva Randolph
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI – Deixa Na Régua, de Emílio Domingos
Menção Honrosa – Layla Kayã Sah pela atuação(Janaína Overdrive, de
Mozart Freire)

VOTO POPULAR:
MELHOR LONGA FICÇÃO: Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé
MELHOR LONGA DOCUMENTÁRIO: Divinas Divas, de Leandra Leal
MELHOR CURTA: Demônia, um Melodrama em 3 atos de Fernanda Chicollet e
Cainan Baladez

PRÊMIO DA CRÍTICA FIPRESCI – Júri composto por Klaus Eder, Ivonete
Pinto e Filippo Pitanga
– Viejo Calavera, de Kiro Russo
– Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé

PRÊMIO FELIX Juri composto por Katia Adler, organizadora do Festival de
Cinema Brasileiro de Paris, Toronto e Montreal, Milton Cunha,
jornalista, carnavalesco e comentarista da TV Globo e Gilson Packer
(Gerente Geral do CineSESC)
Melhor Longa Ficção: Rara (Estranha), de Pepa San Martin
Melhor Longa Doc: Divinas Divas, de Leandra Leal
Prêmio Especial do Júri: Love Snaps, de Daniel Ribeiro e Rafael Lessa
Prêmio Suzy Capó Personalidade Felix de 2016: Lea T

MOSTRA GERAÇÃO – VENCEDOR DO JURI POPULAR: Bruxarias Brujerías de
Virginia Curiá – Animação/ Espanha / Brasil

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