Publicidade
Isay Weinfeld e Marcio Kogan na sessão especial de ‘Fogo e Paixão’ / Crédito: Glamurama

No final dos anos 1980, ‘Fogo e Paixão’ estreava no Cine Sesc da Rua Augusta, em São Paulo. O longa foi o resultado da aventura dos arquitetos Isay Weinfeld e Marcio Kogan, que resolveram se unir pontualmente neste trabalho que contribuiu para a história do cinema brasileiro. E, nessa segunda-feira, a mesma sala do Cine Sesc abriu as portas, mais uma vez, para que ‘Fogo e Paixão’ fosse exibido em sessão única e especial. Mas não foi só isso: o filme foi exibido em 35 mm, exatamente do jeito que foi feito, dando voz à nostalgia.

Depois de tantos anos, Isay não se recorda mais qual foi o exato momento em que teve a grande ideia. “Faz tanto tempo”, revelou. Mas o que importa é que o longa foi alvo de elogios e é considerado por críticos como um dos pontos altos do cinema brasileiro. No elenco, Mira Haar e Cristina Mutarelli dão vida às protagonistas Vilma e Helena. Além disso, nomes como Fernanda Montenegro, Regina Casé, Nair Bello, Fernanda Torres e outros são destaques da produção.

“Os atores principais eram do teatro underground de São Paulo na época, do grupo Pod Minoga. Os outros, mais famosos, fizeram apenas uma participação especial. Eu diria que é um filme de humor, pontuado por essas participações de grandes estrelas”, conta Isay.

“Fogo e Paixão” conta a história de um grupo de pessoas de todos os lugares do mundo que passeia por uma grande cidade. Em seu retorno para casa, o japonês Kankeo, um dos turistas, mostra o vídeo da excursão para os amigos, e assim é desmembrada a história de cada personagem.

Na trama, Vilma (Mira Haar) e Helena (Cristina Mutarelli) estão em busca de um grande amor quando,  dentro do ônibus, se deparam com o Duque (Carlos Moreno) e travam uma batalha, quase amigável, para ver qual das duas conquista o coração do nobre. “Fogo e Paixão” se destaca não só pela estética ou a forma como é gravado, mas pelo humor refinado, que muitas vezes intriga o público, além de ser, para a época, um filme completamente diferente dos padrões nacionais.

Há um pouco de tudo: desde críticas ao governo até o mistério que envolve um personagem caricato, que não desgruda de sua mala. É ele quem estimula os personagens, e quem assiste, a tentar descobrir a todo o momento qual é o verdadeiro segredo que ele guarda, e como isso pode afetar a vida de todos dentro do ônibus.

Além de ser um dos arquitetos mais conceituados do país e destaque também na carreira cinematográfica, Isay revelou ao Glamurama que pretende fazer um novo filme. “Eu tenho essa ideia, não sei se vai dar tempo de fazer acontecer. Espero que sim”, disse. No evento, aberto ao público geral, estavam presentes também amigos dos anfitriões. Confira!

[galeria]4699643[/galeria]

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter