Com a cena cultural fervilhando em São Paulo, Glamurama bateu um papo com Marcelo Araújo, presidente da Pinacoteca, para fazer um raio x do mundo das artes e saber das expectativas para os próximos anos.
* Qual a representatividade do Brasil na cena cultural mundial?
“O Brasil tem uma presença forte na área das artes visuais da produção contemporânea. A participação de artistas brasileiros em residências e exposições mundo afora vem aumentando a cada dia. Isso sem falar no crescente intercâmbio entre instituições brasileiras e estrangeiras.”
* São Paulo tem força no cenário das capitais internacionais de arte?
“É, sem sombra de dúvidas, uma das cidades mais importantes. E engrossa a lista dos grandes centros da produção contemporânea como Pequim, Bombaim, Cidade do México, além das tradicionais Londres, Nova York, Paris e Berlim.”
* Como as instituições brasileiras são vistas lá fora?
“É importante diferenciar as exposições contemporâneas das históricas, que têm requisitos técnicos bastante específicos. As instituições estrangeiras de arte contemporânea têm um enorme interesse pela cidade de São Paulo, em expor aqui. A Pinacoteca, por exemplo, tem recebido cada vez mais propostas.”
* Como é “importar” uma mostra?
“A interlocução e parceria entre as instituições são fundamentais. A grande maioria dos projetos já nasce e é implementada contando com duas ou três instituições diferentes. Isso torna o empreendimento do projeto mais viável, além de dar a ele uma dimensão muito mais interessante.”
* De que maneira você percebe a cena paulistana nos próximos anos?
“Eu acho instigante. Com a nova presidência, há uma enorme expectativa sobre a bienal do ano que vem. As perspectivas para São Paulo são muito boas. Vivemos um momento privilegiado das artes visuais por conta de uma cena diversificada e rica de grandes instituições, centros culturais, galerias de arte e iniciativas particulares. Estamos unindo esforços.”