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A três dias da maior semana de moda da América Latina, a São Paulo Fashion Week, Glamurama foi conversar com quem mais entende do assunto: Paulo Borges. O criador e diretor do calendário oficial da moda brasileira, que também pilota o Fashion Rio, fala sobre a escolha do tema desta edição de verão 2011 e sobre a rotina enlouquecida de trabalho. Paulo também conta como é o dia a dia com o filho Henrique, de 4 anos.

* Qual é o tema desta edição da SPFW? Sempre há uma enorme expectativa em relação a isso. Com quanto tempo de antecedência você começa a pensar nesta parte?

"ANIMA – De animação, daquilo que vem de dentro dos brasileiros, da alma, do coletivo, daquilo que nos empurra sempre pra frente. Pensamos num tema, às vezes, com mais de um ano de antecedência, e depois vamos lapidando, como foi neste caso".

* Como é a rotina no período que antecede o Fashion Rio e a SPFW?

"Nos 40 dias que antecedem as semanas de moda, minha rotina se acentua muito, em número de reuniões, em número de e-mails para responder, telefonemas a fazer, enfim, fica uma verdadeira loucura! Mas é assim mesmo que tem de ser, certo? Acordo sempre muito cedo e durmo sempre muito tarde, mas não tenho o hábito de sair para baladas mais. Fico em casa, assistindo a um documentário, programa de jornalismo, lendo um livro ou uma revista. Até mesmo respondendo a entrevistas ou e-mails que ficaram pendentes".

* E durante os eventos? Como é a rotina? Dá tempo de se dedicar ao Henrique?

"Por incrível que pareça, nos eventos minha rotina fica muito melhor, porque chegou a hora de todos os outros trabalharem e eu fico muito mais na retaguarda, assistindo, a postos e à disposição dos estilistas para o que eles precisarem, mas num ritmo muito mais normal. O Henrique é prioridade. Mesmo estando à distância, eu controlo todos os passos dele, o que ele fez no dia, o que ele comeu, como dormiu etc. Sempre o levo aos eventos comigo, claro que num período específico e não o dia todo".

* Há algum interesse em dividir as semanas de moda entre verão e inverno? Deixando as coleções de verão para a cidade do Rio de Janeiro e as de inverno para São Paulo?

"De forma alguma. Isso já saiu na imprensa algumas vezes, mas muito mais como uma especulação de algumas pessoas do que como uma declaração ou pensamento nosso".

* Depois de tantos anos, muita coisa mudou, a moda brasileira evoluiu. Agora, em 2010, nossa visibilidade cresceu, mas da maneira correta? Você acredita que o resultado de tanto trabalho, de fato, está surtindo efeito?

"É sempre bom lembrar que este nosso projeto de moda é de 30 anos. Estamos ainda na metade do caminho. Acredito, sim, que estamos no caminho certo. Uma construção se faz olhando ao longo, e temos de ter a paciência necessária para ver o todo e não em partes".

* Ana Salazar, Adriana Degreas, João Pimenta e Fernanda Yamamoto são os quatro novos nomes nas passarelas da SPFW. Como funciona o processo de seleção dessas novas marcas?

"As grifes fazem uma solicitação e nós avaliamos o processo, conteúdo, estratégia da marca, distribuição etc. Assim, de forma simples".

Paulo Borges: de olho no futuro da moda

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