Publicidade
Cena de “Garotas” || Créditos: Reprodução
Cena de “Garotas” || Créditos: Reprodução

Depois de “Tomboy”, em que a protagonista do filme se identificava como um menino, a diretora francesa Céline Sciamma agora se volta para outro universo. Em “Garotas”, seu novo longa, que estreou essa semana no Brasil, o foco é o subúrbio negro parisiense. A protagonista, Marieme (Karidja Touré), mora com a mãe e as irmãs, e vive acuada pelo irmão, que a agride frequentemente. Ela tem como amiga Lady (Assa Sylla), Adiatou (Lindsay Karamoh) e Fily (Mariétou Touré). Juntas, as quatro adolescentes andam pela cidade provocando outras garotas e roubando alunos na entrada da escola.

Logo após conhecer essa trupe, Marieme passa a se reconhecer como Vic. É então que começa uma transformação na personagem. Tentando se afirmar entre o racismo e o machismo à sua volta, ela começa a trabalhar para um traficante que a deixa mais no limbo social do que qualquer outra coisa. Para quem não sabe, essa diretora tenta evidenciar contextos marginais em seus filmes, nos quais o espectador se aproxima emocionalmente das questões do protagonista. E em “Garotas”, mais uma vez ela não falha! Super vale o ingresso. (por Victor Martinez)

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Quando a Vulnerabilidade Assusta Hollywood

Quando a Vulnerabilidade Assusta Hollywood

Kristen Stewart reacende o debate sobre gênero em Hollywood ao afirmar que atuar é, por natureza, um gesto “não-masculino” por exigir vulnerabilidade. Em entrevistas repercutidas por Yahoo News UK, The Guardian e The Independent, ela critica a diferença de tratamento entre homens celebrados por “profundidade emocional” e mulheres frequentemente rotuladas como “instáveis”. Stewart questiona o prestígio seletivo do Method acting e expõe como a indústria ainda opera sob padrões antiquados de masculinidade. Sua fala provoca desconforto justamente por revelar uma estrutura que já não se sustenta.

Instagram

Twitter