Gloria Coelho conversou com Glamurama sobre a polêmica do incentivo de R$ 2,8 milhões que seu filho, Pedro Lourenço, recebeu do Ministério da Cultura, através da lei Rouanet, para produzir desfiles em Paris. “É uma verba que não vai para saúde ou educação. Só é destinada para cinema, teatro… Gastaram muito mais que isso para trazer a exposição do Pierre Cardin, que é francês. Por que não valorizar o que é nacional? Só se fala no Pedro, mas o Alexandre [Herchcovitch] e o Ronaldo [Fraga] também foram beneficiados. O Carlos Miele sempre foi ajudado pelo governo. Se você mostra sua coleção lá, vende a imagem do Brasil para o mundo inteiro. A Lady Gaga foi a um programa de TV vestindo Pedro. Essa informação sobre o look dela saiu em tudo quanto é língua: chinês, inglês, italiano…”
* “Acho injusto não termos os serviços básicos, por isso as pessoas ficam indignadas. Mas apesar de não ser tão fundamental quanto saúde, moda é importante também. Se você doa uma peça do seu acervo para o museu Victoria and Albert, em Londres, eles arquivam. Aqui não tem isso. O Oskar [Metsavaht] está com um projeto para o governo, e eu também quero apoio. No meu caso, estou pedindo para comprarem meu acervo e doarem para um museu. Queria que fosse o Senac. São 20 anos de pesquisa. Nosso trabalho é artístico, de reflexão, o que é muito caro. Não poderiam cobrar tanto imposto da gente. Todas as tecelagens hoje são da China. Acha que isso é bom para o Brasil?” E você, glamurette, concorda?
* Em tempo: o nosso papo com Gloria rolou durante um almoço que se estendeu até o fim do dia, nessa terça-feira, a convite da Via Flores, no restaurante Vieira Souto, em Ipanema. A multimarcas prestou uma homenagem à estilista e celebrou sua coleção de verão, batizada Comemorações, que tem como estampa uma foto do Rio clicada por ela mesma para seu Instagram. (Por Michelle Licory)
