Hedi Slimane decidiu processar o grupo francês Kering, dono da Saint Laurent, grife da qual ele foi diretor criativo de março de 2012 até abril deste ano. A disputa tem a ver com uma cláusula de não competição que constava no primeiro contrato assinado pelo estilista, e que proíbe ele de assumir funções em outras maisons por pelo menos um ano após seu desligamento, período em que ele supostamente deveria continuar sendo remunerado.
Em comunicado, o Kering garantiu que o contrato com Slimane foi revisado antes da saída dele e que o estilista foi liberado da obrigação. Slimane, no entanto, afirma que a cláusula ainda tem validade, e que portanto ele tem o direito a continuar recebendo salários.
Como Glamurama contou em abril, o possível motivo da saída dele da Saint Laurent teria sido uma tentativa mal sucedida de negociar um novo salário proporcional ao aumento de mais de 20% nas vendas da grife desde 2012, quando ele assumiu sua direção. Somente no ano passado a Saint Laurent faturou € 974 milhões (R$ 3,7 bilhões), bem mais do que os € 707 milhões (R$ 2,7 bilhões) registrados no exercício de 2014. (Por Anderson Antunes)
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