Publicidade

A edição de novembro da revista MODA acaba de chegar às bancas e conta com uma entrevista com o psicanalista Contardo Calligaris. No bate-papo, ele fala sobre bom gosto, elegância, cultura, sociedade e moda. Italiano radicado no Brasil, aos 63 anos, ele afirma que passou a ter mais conhecimento sobre o mundo da moda, mas não se considera fashionista, muito pelo contrário. Por vários anos, adotou o mesmo “uniforme”: calça preta ou cinza, camisa azul, meia cinza e sapato preto. “Sempre viajei muito. Isso facilitava a minha vida, simplificava na hora de fazer as malas, eram cores que combinavam entre si”, diz ele, que é expert em fazer malas pequenas e compactas justamente para não ficar esperando a bagagem na esteira do aeroporto. “A mala para mim se tornou uma metáfora da minha liberdade de agir”, completa.

* Calligaris defende a ideia que bom gosto e elegância não são dons, mas, sim, algo que se aprende com o passar dos anos. “A gente nasce cafona e se aprimora”, diz. Para ele, a escolha de uma roupa está relacionada com um legado cultural que passa de geração para geração. “Aqui no Brasil, principalmente, é possível ascender três, quatro classes sociais em uma geração. A questão é que a cultura não caminha assim rapidamente", resume.

* "Você pode até acreditar que seu desejo é único, mas quando realiza vê que não era aquilo, que era outra coisa”, diz. Para ele, novos desejos podem vir após um estado de frustração. “É natural que a pessoa busque pequenas ou grandes gratificações imaginando que vai ajudá-la a resolver ou acalmá-la", conclui ele, que entende a cabeça dos fashionistas como poucos…

Contardo Calligaris: a moda no divã!

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter