A Apple lançou nesta sexta-feira, 19, o iPhone 17, após uma pré-venda iniciada em 12 de setembro. O destaque ficou para o inédito iPhone Air, de design ultrafino, e para o reajuste na linha Pro. Nos Estados Unidos, o modelo de entrada do iPhone 17 Pro passa a custar US$ 1,1 mil , aumento de US$ 100 em relação à geração anterior.
No Brasil, onde preços de iPhones já sofrem com impostos e câmbio, a alta tende a ser ainda mais pesada. Para efeito de comparação, o iPhone 16 Pro chegou por R$ 9.299 em sua versão básica. Com o dólar acima de R$ 5,50 e a elevação do preço-base nos EUA, o novo iPhone 17 Pro deve facilmente superar a barreira dos R$ 10 mil no lançamento oficial.
Durante a apresentação do novo modelo do smartphone, o CEO Tim Cook negou que a alta esteja ligada às tarifas impostas pelos EUA. Mesmo assim, a Apple projeta absorver cerca de US$ 1,1 bilhão em custos adicionais com taxas neste trimestre, após já ter arcado com US$ 800 milhões no anterior. Como resposta, parte da produção vem sendo transferida para Índia e Vietnã, em busca de menor dependência da China.
Para os consumidores brasileiros, a estratégia da Apple traz efeitos mistos. A linha padrão do iPhone 17 deve manter preços próximos aos da geração anterior, garantindo competitividade entre modelos menos caros. Já quem optar pelas versões Pro ou Pro Max terá de se preparar para um salto expressivo nos valores.
Em síntese, a Apple reforça sua segmentação: preservar estabilidade nos modelos básicos e expandir margens nos premium. No Brasil, porém, a combinação de dólar alto, carga tributária e reajuste internacional deve consolidar o iPhone 17 Pro como um dos smartphones mais caros do mercado.
Números e curiosidades sobre o iPhone
Desde o lançamento do primeiro modelo, em 2007, a Apple já vendeu mais de 2,5 bilhões de iPhones no mundo. O aparelho responde sozinho por cerca de 50% da receita global da empresa, se consolidando como o produto mais lucrativo da história da tecnologia. Em média, um iPhone gera para a Apple margens brutas acima de 35%, índice raramente alcançado por concorrentes no setor.
O custo de fabricação de um modelo premium, como o iPhone 16 Pro, foi estimado em US$ 560, menos da metade do preço final de venda nos EUA. Esse diferencial ajuda a explicar a estratégia de segmentação da Apple e a ênfase em versões Pro e Pro Max.
Outro dado pouco lembrado é que o iPhone movimenta uma cadeia global de mais de 200 fornecedores espalhados em 30 países. Só a Foxconn, maior parceira de montagem, chega a empregar mais de 1 milhão de trabalhadores em suas fábricas.
No Brasil, a história também chama atenção: o iPhone 4 foi o primeiro modelo produzido localmente, em 2011, em fábricas da Foxconn em Jundiaí (SP). Ainda assim, o preço final nunca deixou de estar entre os mais altos do mundo por conta da carga tributária.
Para além dos números, há também curiosidades. O ícone do relógio no iOS mostra a hora real e se movimenta em tempo real; já a câmera dos iPhones, sozinha, tornou-se o dispositivo fotográfico mais popular do planeta, sendo responsável por mais de 5% de todas as fotos tiradas no mundo segundo estimativas de 2024.
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