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Por Michelle Licory

Claudio, personagem de José Mayer em “Império”, pode não querer sair do armário, a Globo pode ter optado por cortar as cenas de beijo dele com Klebber Toledo, o ator pode ser o maior “pegador” das novelas da emissora, o símbolo do galã… Mas não se engane, glamurette. Para Zé, romance homossexual não é tabu. Desde a década de 60! “Minha filha, estreei no teatro beijando homem, em 1969. E foi em Belo Horizonte, centro da tradição, família e propriedade. Em 1981 fiz um gay na Alemanha nazista. Ator tem que ter coragem, é uma profissão especial. É nossa função experimentar, vivenciar coisas que a sociedade precisa conhecer. Mas mais conservador do que a TV só a Igreja. E olha que até o Papa Francisco está mostrando uma outra percepção sobre o assunto… A moral se modifica com os anos. A viagem humana é inesgotável”, filosofa.

* A gente comentou que muitos atores da geração dele são “sabidamente” homossexuais, mas não tocam no assunto. “Será que eles perderiam trabalho se saíssem do armário? Não sei. Mas eles têm esse direito à privacidade. Exercer a sexualidade de forma íntima, particular… Se eu fosse, assumiria? Bom, essa é uma hipótese difícil de exercitar na minha cabeça. Mas a palavra chave é liberdade. E ainda existe preconceito, sim.”

* Não precisa nem perguntar se ele daria o “beijo gay” em Klebber… “Pessoas se beijam. Não recuso desafio. A mesmice é um problema na carreira de um ator. Eu estava cansado da função de sedutor. É uma renovação boa pra mim, e para o telespectador também.” Sobre a perseguição que Claudio sofre de Teo [Paulo Betti], jornalista que quer expor sua homossexualidade na novela, Zé comenta: “É que o Teo é assumido e bem exteriorizado nos trejeitos, no jeito de falar. É ostensivamente feminino. E tipo peçonha. Mas existe uma enorme quantidade de gays que não querem fazer imitação de mulher. Cada um na sua. Claudio é discreto.”

 

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