Publicidade
O edifício Trump Place, em NY || Créditos: Reprodução
O edifício Trump Place, em NY || Créditos: Reprodução

Morar em um prédio de Nova York com o sobrenome de Donald Trump na fachada já foi um dos maiores luxos da Big Apple, mas a partir do momento em que o bilionário decidiu se aventurar na política a marca dele perdeu o brilho. Tanto que nesta semana um juiz estadual de lá autorizou o pedido feito pela maioria dos proprietários de apartamentos do Trump Place para trocar o nome do prédio residencial de 46 andares localizado no Riverside Boulevard, comprado pelo presidente dos Estados Unidos no fim dos anos 1990 e onde um príncipe saudita vendeu uma cobertura com um descontão de mais de 50% em fevereiro.

A ação começou a correr em janeiro na justiça do estado de NY e os advogados de Trump tentavam há meses evitar a mudança, sempre ameaçando os condôminos envolvidos com a possibilidade de estender o imbróglio por anos nos tribunais. A maioria deles (77%), responsável pela abertura do processo, se mostrou a favor da retirada das letras T-R-U-M-P da entrada do edifício, enquanto os 23% restantes não necessariamente eram contra o ato, mas achavam melhor evitar comprar uma briga, que corria o risco de resultar em milhares de dólares em chamadas de capital para pagar advogados.

No fim ficou decidido que Trump cederá a todos eles o direito vitalício de usar seu sobrenome no endereço, porém cabe aos moradores escolher como querem chamar o local. Não é uma boa notícia para o republicano, já que abre caminho para que os donos de imóveis em outros empreendimentos que levam seu sobrenome queiram imitar o pessoal do Trump Place, o que tem grandes chances de acontecer. Até porque desde que ele entrou na corrida pela Casa Branca, em 2016, os preços dos apês “by Trump” caíram em torno de 6,6% na comparação com os valores médios praticados em Manhattan no mercado imobiliário de luxo. (Por Anderson Antunes)

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter