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Os advogados de Ghislaine Maxwell, que foi presa em julho, bem que tentaram, mas não conseguiram impedir a divulgação das transcrições dos primeiros depoimentos que sua cliente concedeu às autoridades dos Estados Unidos no processo em que ela se tornou ré junto com seu ex-namorado, Jeffrey Epstein. Em segredo de justiça até as primeiras horas desta quinta-feira, e apesar de várias tentativas feitas pelo time legal da socialite britânica para manter as revelações dela na penumbra, a papelada finalmente ganhou a luz. E agora é possível entender porque a presidiária mais famosa dos EUA no momento temia sua liberação ao público…

Acusada de ter orquestrado junto com multimilionário, que teria se suicidado na prisão no ano passado, um esquema de pedofilia sem precedentes, além de várias outras acusações de tráfico sexual e coisas do tipo, Maxwell passou horas e mais horas depondo sobre esses supostos crimes e, ao menos por enquanto, mas na maior parte do tempo negou ter cometido qualquer ilicitude.

Já as partes mais picantes de tudo que foi dito em juízo, e sem dúvida aquelas nos quais os nomes de poderosos são mencionados, aparecem censuradas nas mais de 400 páginas divulgadas, a fim de preservar o bom desenrolar das investigações até agora. Maxwell, no entanto, livrou o ex-presidente dos EUA Bill Clinton e o príncipe Andrew, dois dos maiores implicados no #EpsteinGate, de qualquer ligação com a vida sexual fora da lei de Epstein. A propósito, ela confirmou nos autos que era, sim, a namorada dele, mas não quis discutir os detalhes da relação para lá de estranha que eles mantinham. (Por Anderson Antunes)

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