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Leandra Leal no palco do Rival, no projeto “Rival Rebolado”, “concurso de drags, karaoke, esquetes e lacre à vontade”|| Créditos: Reprodução/ Instagram
Leandra Leal || Créditos: Divulgação

Glamurama bateu um papo com Leandra Leal no lançamento do livro “Teatro Rival – Resistência e Sensibilidade”, essa segunda-feira na Travessa de Ipanema, no Rio. A conversa começou sobre a casa de espetáculos de sua família, já na terceira geração, com uma participação bastante atuante da atriz, igualmente resistente e sensível. Também falamos sobre a ativista ambiental que ela vai interpretar na Globo, sua aclamada performance na peça de Bia Lessa como uma mulher que come cocô… Vem ler! (por Michelle Licory)

Glamurama: “Rival – Resistência e Sensibilidade”. Por que essas palavras para descrever o teatro no título do livro?
Leandra Leal: “Acho que são palavras bem presentes no discurso da minha mãe [Angela Leal], que representam perfeitamente a história do Rival. É o teatro mais antigo da iniciativa privada do Brasil, um teatro que resistiu, mas com muita sensibilidade para o que está acontecendo, para estar conectado com a cena, se atualizando. Acho que algo que tem esse compromisso com a longevidade tem que se transformar – e resistir. Ter um espaço privado dedicado à cultura é um ato de resistência”.

Glamurama: Falando nessa necessidade de se transformar ao longo do tempo: seria essa sua função lá, manter o espaço atual?
Leandra Leal: “Minha mãe é essencial no Rival. Ela continua na batalha. Estou junto com ela, mas ela está lá. A minha mãe também procura se transformar. Já está à frente do Rival há mais de 20 anos. Não dava para ser estática esse período todo. A gente tem uma equipe que traz coisas… É um trabalho em conjunto”.

Leandra Leal no palco do Rival, no projeto “Rival Rebolado”, “concurso de drags, karaoke, esquetes e lacre à vontade”|| Créditos: Reprodução/ Instagram

Glamurama: Resistência com sensibilidade: essa ideia também serve para descrever você, quando se posiciona politicamente, sempre firme, mas sem ser do embate… Concorda?
Leandra Leal: “Talvez. Interessante o que você falou. Não tinha pensado nisso. Acho que isso vem da criação da minha mãe”.

Glamurama: O Rival é um negócio de família: do seu avô para sua mãe, da sua mãe pra você… Tem o sonho de um dia passar o bastão para sua filha [Julia, de 4 anos]?
Leandra Leal: “Não tenho esse sonho. Acho que cada um tem que fazer a sua história” [Leandra, muito reservada com sua vida pessoal, pediu para não falar mais sobre a menina].

Glamurama: O que você pode adiantar sobre “Gaia”, série que vai fazer na Globo?
Leandra Leal: “Estou muito animada. Acho que vai ser bem legal, uma série que tem um suspense, tem ação, e é muito atual. São três protagonistas femininas [ela, Taís Araújo e Debora Falabella], fala sobre ativismo… E todas as coisas que estão ali são inspiradas em fatos reais. Foca numa questão muito urgente e importante que é o meio ambiente, mas de uma forma bem… Ah, li os roteiros de uma tacada só. Muito bem escritos! Também estou empolgada com a ideia de ficar na Amazônia. No ano passado, estive lá pela primeira vez, para gravar o ‘Criança Esperança’. Depois fui fazer peça lá e lançar o ‘Divinas Divas’ [documentário sobre artistas travestis]. Fiquei tão encantada, pedi tanto pra voltar que rolou esse projeto na TV”.

Glamurama: Sobre o perfil da sua personagem, o que chamou mais sua atenção?
Leandra Leal: “As personagens são muito complexas. E estão tentando salvar o mundo sem destruir elas mesmas. Essa é uma frase que está no roteiro. Elas são humanas, com dramas pessoais muito grandes. A minha acho que é a mais enérgica das três, que vai mesmo para a linha de frente, que briga mais. Mas ela tem um conflito: por causa desse trabalho, tem que ficar longe do filho. É um conflito da mulher moderna.

Glamurama: Ainda não foi definido se será uma série para a TV aberta ou para a ferramenta de streaming da Globo. O que você acha dessas novas plataformas?
Leandra Leal: “Acho ótimo. Sou muito espectadora de streaming e a Globo tem um potencial de produção de conteúdo imenso. Diversificar a janela é muito positivo, até porque no streaming você pode ‘nichar’ mais as produções, se ligar muito em cada público específico, podendo ser mais radical em algumas propostas. Acho superpositivo”.

Leandra Leal e a filha, Julia || Créditos: Reprodução/ Instagram

Glamurama: Você acaba de encerrar a temporada de “Panorâmica Insana”, espetáculo de Bia Lessa, em São Paulo e a crítica foi só elogios para sua performance. Que análise você faz do seu desempenho?
Leandra Leal: “A gente vem para o Rio em novembro, estou muito feliz… A peça é muito boa. Não falo isso porque eu faço, não. É legal mesmo! Foi um processo muito rico, de todo mundo ali focado, os quatro atores, se dedicando em três meses de ensaio. E a Bia Lessa é uma gênia. Espero que a gente consiga viajar o Brasil porque é um espetáculo bastante contemporâneo, que está falando muito com o que a gente está vendo no nosso país. Emociona e propõe reflexão. Foi muito bonita a experiência de ver o teatro lotando com essa peça”.

Glamurama: E você arrasou…
Leandra Leal: “Ah, mas foi a performance dos quatro. Essa não é uma peça de solo, e sim de conjunto. Também não é nada flat. É precipício, montanha-russa. Tem que se jogar. Me joguei. Eu e todo mundo ali”.

Glamurama: Mais alguma novidade de trabalho?
Leandra Leal: “Depois de ‘Gaia’, vou fazer a novela da Manu Dias [‘Troia’, substituta de ‘O Sétimo Guardião’, próxima trama das nove da Globo], ano que vem. Mas não sei nenhum detalhe ainda, só que vou fazer…”

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