Publicidade
Lilia Cabral em “Amigos, Sons e Palavras” || Créditos: Reprodução
Lilia Cabral em “Amigos, Sons e Palavras” || Créditos: Reprodução

O programa “Amigos, Sons e Palavras”, apresentado por Gilberto Gil, recebeu Lilia Cabral para um papo profundo sobre vida e profissão. Emocionada, a atriz abriu o coração ao falar sobre a família repressora, que a carreira surgiu para fugir do conservadorismo em que vivia, além do desabafo sobre a Síndrome do Pânico que desenvolveu depois da morte da mãe entre outros assuntos. No papo, ela começa explicando a situação com seus pais: “Minha família era de imigrantes,  muito conservadora e repressora. Eu era a caçula, poucos me viam de verdade. O preconceito existia, tinha o lado severo da educação, pouco se falava, acarinhava. Por sorte ou porque meus anjos da guarda estavam lá para cuidar de mim, eu fui parar em uma escola pública construtivista em que me injetaram coisas que eu via um horizonte, o prazer de viver, o que não tinha na minha casa”, revelou Lilia, que ainda completou sobre o início da carreira: “Ou morria ou seria atriz porque eu fiz tudo escondido. Quando comecei a perceber que no palco, picadeiro e até mesmo na igreja poderia falar sobre minhas experiências e me apresentar, isso me deixou feliz e fez esquecer o que estava vivendo”, contou.

Lilia Cabral em “Amigos, Sons e Palavras” || Créditos: Reprodução

Em uma das partes mais emocionantes da entrevistas, ela falou sobre morte de sua mãe e as consequências dessa perda, que a levou a desenvolver a Síndrome do Pânico: “Quando minha mãe faleceu, o que aconteceu? Eu tive Síndrome do Pânico. Mas naquela época não se sabia detectar. Era uma angústia que vinha muito forte. O coração bate, bate. E depois que você tem fica para sempre. Não tenho agora, mas sei a sensação. Quando ela se foi, era como se eu dissesse assim: ‘E agora? O que faço com este sentimento todo?’ Aí veio a taquicardia, o pensamento, a angústia, a necessidade de botar para fora, mas, ao mesmo tempo, para quem? Por quê?”, disse. A análise a ajudou a entender o que tinha. E só parou com a terapia quando foi fazer a peça “O Divã”, em 2009, por entender o que tinha passado. Lilia ainda revelou que ao longo da vida sofreu dois abortos antes do nascimento de Julia, sua filha de 22 anos. Vale conferir!

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter