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Thalma de Freitas como ‘Zilda’ e atualmente || Reprodução
Thalma de Freitas como ‘Zilda’ e atualmente || Reprodução

Os noveleiros de plantão com certeza lembram da simpática Zilda, empregada doméstica de Helena (Vera Fisher) na novela ‘Laços de Família’, originalmente exibida em 2000 e que está sendo reprisada no Vale a Pena Ver de Novo. A personagem vivida por Thalma de Freitas virou uma das queridinhas do público pelo seu bom astral e jeito leve de levar a vida. Vinte anos depois da novela ir ao ar, a vida de Thalma mudou completamente. Atualmente ela mora com a família nos Estados Unidos e tem se dedicado à música.

Dos tempos da novela, ela guarda boas lembranças da trama e do elenco, composto por nomes como Vera Fisher, Giovanna Antonelli, Luigi Baricelli, Carolina Dieckmann, entre outros: “Parecia uma família, era um grupo coeso de muita amizade. Foi muito marcante porque nossa união e dedicação faziam com que aquela história fosse tão especial”, comenta em papo com Glamurama. A atriz relembra de Zilda como uma personagem que marcou sua carreira: “Sinto falta de gravar. Nostalgia é a palavra certa para definir aquele momento que foi muito importante para mim. Foi uma personagem que não tinha existido até então, tirando as novelas de época: a empregada que tinha voz, lugar, fala e interação. Na época, ‘O Casseta e Planeta’ fazia paródia das novelas e o Hélio de la Peña reinterpretava a Zilda. Meu melhor amigo me ligou e disse: Thalma, você chegou lá, venceu na carreira. O ‘Casseta e Planeta’ fez uma caricatura da sua personagem” (risos)

Depois de duas décadas, muita coisa mudou na sociedade e Thalma comenta como a história provavelmente seria reescrita nos dias de hoje: “A Zilda foi bem-sucedida. Na época, as pessoas comentavam bastante sobre o lugar de fala. Eu tinha bastante texto, cenas sozinha, costurava bastante a história do cenário principal, o que era muito legal”, explica a atriz, que completou sobre o encaixe da personagem na trama: “Hoje em dia, se a gente tivesse um ‘remake’ de ‘Laços de Família’, acho que a Zilda teria ainda mais universo em volta dela. Seria mais ampla, mas não ganharia protagonismo. Talvez ela tivesse uma casa, um namorado… Zilda teve um espaço grande para o tipo de personagem que era”.

E por falar em novela, Thalma conta quais trabalhos foram mais marcantes na sua trajetória na TV. “A Baiana, de ‘Bang Bang’, eu amava, e ela formava um trio com o Evandro Mesquita e o Cadu Moliterno, que se vestiam de mulher. A gente ria do começo ao fim! (risos). Amei a Zilda,  e também a Carol, de ‘O Clone’ (2001), que foi um desafio, tinha acabado de fazer ‘Laços de Família’ e a trama tinha outro tom. ‘Kubanacan’ também foi divertida. Eu tinha uma Maverick na época e dirigia da Gávea até a Restinga da Marambaia, no Rio de Janeiro, às sete da manhã, onde a gente gravava”, relembra a atriz, que foi contratada da Globo por 14 anos: “A Zilda foi o primeiro de 14 anos que fiquei contratada fixa da Globo e fez a maior diferença”.

Thalma sempre dividiu o amor pela atuação com a música, que chegou primeiro na sua vida: “Meu pai é músico, sou filha de dois boêmios do jazz e do chorinho em São Paulo. Nasci dentro do universo musical. Não conheci outra vida que não fosse a de artista, logo na adolescência, quando fui escolher minha profissão, quis fazer teatro. Fiz espetáculos musicais por muitos anos e foi aí que conheci o Jorge Fernando que me levou para a TV”, conta.

E por falar em carreira musical, Thalma representou o Brasil no Grammy 2020 com uma indicação pelo álbum ‘Sorte!’ em parceria com o norte-americano John Fibury, que acreditou na sua voz: “Foi outro marco na minha carreira. Fui convidada para ser letrista e cantar e foi um disco muito bem recebido, produzido pelo argentino Emilio D. Miller. O álbum tem uma voz única, fora do padrão, são experimentos de linguagem”, relembra.

Thalma escolheu a vida em Los Angeles há quase oito anos para morar com o marido, o fotógrafo e cineasta irlandês Brian Cross e a filha Gaelle, de 7 anos. Mesmo longe, a artista mantém os laços fortes com o Brasil e fala de saudade e da percepção que tem do país depois de quase uma década no exterior: “No Brasil, a gente tem a impressão de que os Estados Unidos são ‘grandes coisas’, mas não. Nós, brasileiros, somos muito mais legais. Sinto falta de falar minha língua, dos meus amigos”, diz.

E claro que o momento que a cultura nacional enfrenta com a pandemia e menos investimentos também fez parte da conversa: “Cresci nos anos 1980, as dificuldades que tínhamos com o nosso governo sempre foram muito intensas. Sei que existem artistas e sociólogos fazendo um trabalho revolucionário agora. A resistência tem sido muito criativa e capaz, as pessoas conquistaram o lugar de fala. A comunidade artística negra do Brasil e todo mundo ao redor estão mais coesos e sinto falta de fazer parte desse movimento de corpo presente. Eu ajudo em tudo que posso à distância”.

Thalma admite que não tem planos para voltar a morar no Brasil, mas continua com parcerias profissionais por aqui: “Estou fazendo música com meus amigos, produzindo um remix para a Tulipa Ruiz, volta e meia a Anelis Assumpção vem com uma melodia e letra. Faço legenda para as minhas amigas do cinema e tenho dois discos sendo mixados no Brasil.” (por Luzara Pinho)

 

 

 

 

 

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