Integrante do PMDB carioca, do qual fazia parte o deputado Eduardo Cunha – que enfrenta uma série de acusações de corrupção investigadas pela Operação Lava Jato -, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, afirmou em recente conversa com a revista PODER, antes da confirmação do acolhimento do pedido de impeachment por Cunha, que sempre esteve do lado de Dilma Rousseff. “Mostrei desde o primeiro momento que eu era pela governabilidade, contra o impeachment. Apoio a presidente Dilma.” Para Pezão, “o Brasil está parado, começar um processo desse não leva o país à nada”.
Quando perguntado se havia dado conselhos ao presidente da Câmara para tentar evitar a atual situação, Pezão disse: “Não temos esse nível de amizade.” Ainda assim, conta, tentou alertar Cunha: “Dei um toque, dei dois, disse que queria uma pauta positiva. Mas ele estava num voo solo, queria fazer uma pauta bomba. Ficou chateado porque o PT não deu apoio a ele, e pronto. O que eu vou fazer?”
Em contrapartida, Pezão diz que seu relacionamento com a presidente Dilma é “excelente, extraordinário”. “Falo muito com ela, tenho intimidade, é uma das grandes amigas que eu adquiri já há nove anos.” Com ela, diz Pezão, ele tem “liberdade para dar palpites”. “Não tenho isso com o Cunha.”
Eduardo Cunha foi eleito deputado federal pelo PMDB na chapa em que Pezão se elegeu governador em 2014. (Por Paulo Sampaio)
- Neste artigo:
- Dilma Rousseff,
- Eduardo Cunha,
- impeachment,
- Luiz Fernando Pezão,
- revista poder,
