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Marie Kondon: ela prega que “menos é mais” || Créditos: Getty Images
Marie Kondo: ela prega que “menos é mais” || Créditos: Getty Images

Tão comuns nos países ricos, as chamadas “thrift stores” – aqueles brechós que só vendem roupas doadas e encaminham todo o lucro que obtêm com isso para entidades filantrópicas – estão com os estoques abarrotados como nunca antes havia acontecido. E andam dizendo que a culpada só pode ser Marie Kondo, autora da bíblia do ‘menos é mais’ “A Mágica da Arrumação”.

No best-seller publicado em 2014, a escritora e consultora de organização japonesa apresentou ao mundo um método que definiu como “KonMari”, que consiste na priorização de coisas materiais que trazem alegria para quem as tem. Todo o resto, que só ocupa espaço em nossas vidas, prega Kondo, deve ser descartado – e é aí que está o problema para as “thrift stores”.

É que boa parte das mais de duas milhões de pessoas que compraram a obra hypada da ‘organizer’ seguiram à risca a dica e resolveram revirar seus respectivos guarda-roupas em busca de tudo aquilo que não lhes serve mais, seja física ou emocionalmente. Some-se a isso o fato de que Kondo acaba de ganhar seu próprio programa na Netflix, “Tidying Up With Marie Kondo”, e o resultado tem sido avassalador.

Em São Francisco, por exemplo, os bazares beneficentes precisaram limitar o número de peças e até os dias da semana que aceitam receber doações, tamanha é a oferta, que os pegou de surpresa de uns tempos pra cá. Sem dúvida, é ótimo saber que as pessoas estão mais generosas e menos consumistas, mas há quem se preocupe com o que ainda pode estar por vir: seria esse o começo do fim da sociedade de consumo como a conhecemos? (Por Anderson Antunes)

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