Publicidade

Por Caroline Mendes

Lá se vão 80 anos desde que a escritora australiana P. L. Travers deu vida a Mary Poppins, babá mais famosa do mundo. Com poderes mágicos, rigidez e vaidade na mesma medida, Poppins chega voando com sua sombrinha no Número 17 da Cherry Tree Lane, em Londres, e fica por lá até a mudança dos ventos, cuidando dos pequenos herdeiros da família Banks e vivendo aventuras que encantam crianças e adultos até hoje. Lembra?

Pois bem: agora, a editora Cosac Naify traz uma edição comemorativa da obra, com tradução de Joca Reiners Terron e ilustrações de ninguém menos que Ronaldo Fraga. “Eu não conhecia a história nem nunca tinha assistido ao filme da Disney, que, aliás, é um horror se comparado ao texto original. Amei o texto e, claro, a personagem. Foi paixão à primeira lida”, afirma o estilista.

A história de Mary Poppins foi lançada primeiramente em uma série de livros sem ilustrações, apenas com a silhueta da babá na capa. Fraga teve, então, carta-branca para experimentar, inventar e fazer os desenhos como bem entendesse. A bolsa de tapete e a sombrinha com cabo de cabeça de papagaio, bem como todas as roupas e acessórios dos personagens do livro, foram bordados à mão sobre os croquis do estilista para depois serem fotografadas e reproduzidas no livro, tudo com muito esmero. “A Mary é muito vaidosa e muito têxtil. Daí veio a ideia do redesenho das ilustrações através do bordado com fios soltos, como se as imagens voassem pelo vento”, explica.

O estilista gostou tanto da experiência que não vê a hora de ilustrar outros clássicos. “Para começar, Guimarães Rosa e Manoel de Barros.” O resultado pode ser visto abaixo, em fotos exclusivas cedidas pela Cosac Naify ao Glamurama. Lindas, né?

[galeria]685732[/galeria]

Mary Poppins
Editora Cosac Naify
192 páginas
R$ 39,90 e R$ 79,90 (edição especial em formato de bolsa)
Lançamento no dia 8 de maio

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter