Cigarro eletrônico nas mãos e um tanto contrariado, Art Spiegelman começou a sua palestra com cerca de meia hora de atraso, no Tuca, na PUC-SP, durante o 4º Congresso Cult de Jornalismo, nessa segunda-feira. O motivo da insatisfação? Minutos antes de subir ao palco, seu computador foi roubado da mesa da palestra. Em respeito aos alunos e convidados pagantes, Art fez questão de apresentar seu trabalho e contar a história da sua carreira, que, ao longo dos anos, misturou quadrinhos com jornalismo e muitas controvérsias.
Autor de “Maus”, livro que conta a história da família de Art durante o holocausto e único quadrinho a conquistar o prêmio Pulitzer, Art não perdeu o bom humor e, logo de início, jogou ironias. “Sempre adorei quadrinhos policiais. Eu deveria já estar acostumado com esses imprevistos”, divertiu-se. Mesmo com o contratempo, Art não poupou piadas, palavrões e muitas referências aos quadrinhos e história. Na platéia, além dos quadrinistas Gabriel Bá e Fábio Moon, estavam também a esposa do autor, Françoise Mouly, diretora de arte da “The New Yorker”, e o amigo Gay Talese com sua mulher, Nan. Depois da palestra, a Art e a equipe de produção do Congresso foram até uma delegacia e registraram boletim de ocorrência.
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