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Conhecido pela elegância que, no caso dele, se apresenta sob forma de muita discrição, Paulinho da Viola surgiu descontraído no Theatro Municipal do Rio, nessa quarta-feira. O músico circulou sorridente no backstage do Prêmio da Música Brasileira e deu entrevista exclusiva para o Glamurama. “Mas vamos sentar numa poltrona? Eu estou com dor nas costas, sabe?”, disse, antes de começar o papo. Aqui, alguns temas e trechos da conversa:

* Saudade: “Eu não tenho, não sinto. Você sabe que outro dia uma mulher me parou na rua e tive uma discussão. Ela dizia que tinha perdido a pessoa que mais amava e que não conseguia mais viver de tanta saudade. ‘Como você pode dizer que não sente?’, ela perguntava, chorando. No fim, nos abraçamos, e eu comecei a chorar. [rindo] Não é que eu seja frio, mas não sinto saudade”.

* Paulinho chora? "Às vezes eu até choro, mas não é saudade, é por uma boa lembrança. Eu sinto as coisas que estão vivas dentro de mim e ainda consigo vivê-las à minha maneira. Tudo o que já foi vivido fica dentro da gente, mesmo os amigos que não tenho mais, meu pai, minha mãe."

* Solidão: “Graças a Deus, eu nunca senti isso. Você deve estar pensando no verso: ‘Solidão é lava que cobre tudo/ amargura em minha boca/ sorri seus dentes de chumbo’. Eu imagino que deve ser assim. Porque eu escrevi não quer dizer que eu sinta, que eu saiba. Solidão é… não sei, deve ser muito duro”.

Paulinho da Viola: sem saudade, sem solidão

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