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Obras que estavam na exposição ‘Queermuseu’; “Criança viada travesti da lambada” e “Criança viada deusa das águas”, da artista Bia Leite; e “Cruzando Jesus Cristo Deusa Schiva”, de Fernando Baril || Créditos: Divulgação
Museu de Arte do Rio || Créditos: Divulgação

Mais uma polêmica em torno da tão comentada exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira”, que teve a exibição encerrada no Santander Cultural de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, no mês passado após inflamadas manifestações articuladas pelo Movimento Brasil Livre (MBL). A notícia de que o MAR, Museu de Arte do Rio, receberia a exposição acaba de cair por terra, e apesar de o conselho que define a programação do museu ter deliberado pela vinda da exposição, a exibição não será realizada por decisão do prefeito Marcelo Crivella.

Em tom de deboche, Crivella diz: “Saiu no jornal que vai ser no MAR. Só se for no fundo do mar”. Após o anúncio, o prefeito encomendou à secretária de Cultura, Nilcemar Nogueira, que estudasse como impedir a exposição. “A população do Rio não tem o menor interesse em exposições que promovam zoofilia e pedofilia”, frisa Crivella no vídeo.

Obras que estavam na exposição ‘Queermuseu’; “Criança viada travesti da lambada” e “Criança viada deusa das águas”, da artista Bia Leite; e “Cruzando Jesus Cristo Deusa Schiva”, de Fernando Baril || Créditos: Divulgação

Em comunicado oficial, a Secretaria Municipal de Cultura afirmou que o Conmar (Conselho Municipal do Museu de Arte do Rio) não é um conselho deliberativo e, por isso, não possui poder de veto ante decisões da prefeitura, que, segundo a nota, já havia se posicionado “claramente” pela não realização de “Queermuseu” no MAR e afirma que “discussões sobre diversidade, respeito às diferenças e inclusão têm sido colocadas em pauta pela atual gestão, de forma democrática e participativa, e um exemplo disso é a programação que a Secretaria Municipal de Cultura elaborou para o mês de outubro — no calendário oficial da Prefeitura — que terá 16 atividades cuja tônica é a discussão da diversidade sexual e de gênero”.

Já em nota divulgada na última terça-feira, rebatendo a Secretaria Municipal de Cultura, a Conmar lamenta “o modo como este debate tem sido inflamado por intensas polêmicas, que levaram a Prefeitura do Rio de Janeiro, por ser este um museu de sua rede municipal de equipamentos culturais, a solicitar a não realização de ‘Queermuseu no MAR”. Ainda segundo o texto, o conselho se diz favorável à exibição da mostra, bem como a de qualquer outra atividade que contribua com a arte.

Em tempo: o Parque Lage, no Rio de Janeiro, pode ser o destino da mostra “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira”. De acordo com o diretor-presidente da instituição, Fabio Szwarcwald, em comunicado oficial, a exposição pode ser exibida na Escola de Artes Visuais. “Nós somos uma escola de arte livre, que acredita no ensino aberto, não seriado, baseado no exercício de liberdade e na porosidade entre arte e todas as ciências. Como diz Mario Pedrosa, a arte é o exercício experimental da liberdade. A Queermuseu tem uma questão interessante sobre a nossa sociedade que deve ser conversada”, diz.

O único problema apontado é a verba limitada que a instituição possui. “O custo de trazer uma exposição como essa. Não temos dinheiro. Precisamos de um apoiador cultural que nos ajude a realizá-la neste momento. Também criaríamos um grande fórum para conversarmos sobre o conteúdo da exposição, contemplando todas as diversidades, sem preconceito”, entrega. Boa sorte!

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