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Patricia Pillar na J.P de agosto

Patricia Pillar não faz o tipo fofa. Nada de chamar alguém que acabou de conhecer de querido ou fazer pose de famosa. Gosta de ter o controle das coisas e a liberdade de fazer suas próprias escolhas – o que parece ser prioridade em sua vida. Mas nada disso faz dela uma pessoa antipática, pelo contrário. Meio vida real, total pé no chão, ela sabe se colocar sem perder a gentileza.

No ar como a protagonista do remake de “O Rebu” – sucesso de Bráulio Pedroso em 1974 –, a atriz não tem tido tempo para fazer suas aulas de dança de salão ou assistir aos seriados que os amigos não cansam de comentar. O excesso de trabalho, no entanto, não é motivo de queixa. Ela se orgulha de estar trabalhando com o diretor José Luiz Villamarim e o autor George Moura (mesma dupla de Amores Roubados, série que rendeu as cenas picantes com Cauã Reymond, que deram tanto o que falar). Mas nem sempre foi assim e ela deixa claro que precisou batalhar para fugir dos estereótipos comuns à televisão. “O que a Globo estipula não me interessa, eu é que sei o que faço da minha vida. Nossa relação é boa porque eles respeitam minha decisão de não repetir sempre a mesma coisa. Se não fosse assim, não seria”, afirma.

Aos 50 anos, Patricia é discreta com a vida pessoal. Tanto que se recusa a falar do assunto. Ela, que foi casada durante dez anos com o político Ciro Gomes e, dizem, teve suposto affair com o músico Criolo, não precisa de muito para ser feliz. “Não me apego a dinheiro, não tenho nenhum luxo e me importo muito pouco com essa coisa de fama.” E abaixo os padrões e ditaduras encarados diariamente. Enquanto bebe uma Coca-Cola na hora do almoço, a atriz discute como é chato viver em um universo em que todos criticam o tempo inteiro quem come fritura e bebe refrigerante. “As pessoas têm de fazer o que têm vontade. Hoje, você vai pegar um pãozinho do couvert e parece que está cometendo um crime. Acho insuportável.”

O estilo de vida mais “dona de si” acabou colocando filhos em segundo plano. “Quis ter meus amigos, meu trabalho, fazer minhas viagens… Fui protelando e acabou que não rolou”, explica sem demonstrar qualquer arrependimento. “A vida é caótica e esse caos me interessa. Depois que escolho, não fico remoendo, nem olhando para os outros.” O que, então, ela deseja quando olha para frente? “Quero é ter a chance de contar boas histórias ou participar de coisas como o plano sequência que fizemos no capítulo inicial de O Rebu. É isso que me dá satisfação.” Com tanta personalidade, a gente não estranha – nem ousa discordar – quando ela finaliza dizendo que “gosta de defender uma ideia do começo ao fim”. (Por Julia Furrer, na revista J.P de agosto de 2014).

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