Publicidade

RETROSPECTIVA

Final de ano é tempo de olhar para trás. Assim, sempre surgem listas de melhores do ano em diversas áreas. Na noite da segunda-feira, 7, foi a vez da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) escolher os melhores de 2009 em nove categorias das artes brasileiras, entre elas, na literatura: “Rei do Cheiro”, de João Silvério Trevisan, foi escolhido o melhor romance. Lançado em agosto pela Editora Record, esse livro acompanha a trajetória de um rapaz de origem simples do interior que ergue fortuna na capital paulista.
Trevisan parte da pergunta “como nasce uma grande fortuna?” para escrever a história de Ruan Carlos Coronado, um personagem emblemático da nova elite paulista que começou sua fortuna fabricando produtos cosméticos no fundo de sua loja na rua 25 de Março, sobretudo um desodorante de grande sucesso comercial, cujo perfume teria efeito afrodisíaco. O protagonista acaba se tornando um grande empresário na área de perfumaria e cosméticos, ficando conhecido como “Rei do Cheiro”, nome de sua empresa – mas que permite outras interpretações, como em relação a sua problemática sudorese e suas ligações com o mundo da droga.
No livro, Trevisan também se baseia em fatos reais, reportagens, letras de canções, anúncios publicitários, programas de TV e de rádio e traça um perfil da indústria cultural que compõem a história da segunda metade do século XX no Brasil.

Livro de Trevisan é escolhido melhor romance pela APCA

OS OUTROS GANHADORES FORAM:

Melhor conto: “Cine Privê”, de Antonio Carlos Viana (Cia. das Letras); melhor poesia: “Entre Milênios”, de Haroldo de Campos (Perspectiva); melhor biografia: “Cabeza de Vaca”, de Paulo Markum (Cia das Letras); melhor tradução: “Poemas Estalactites”, de August Stramm, em tradução de Augusto de Campos (Perspectiva); melhor infantil/juvenil: “Pivetim”, de Délcio Teobaldo (SM); e melhor ensaio/crítica: “Lições de Kafka”, de Modesto Carone (Cia. das Letras).

Escolhidos de 2009

Por Anna Lee

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Instagram

Twitter