COMEÇAR DE NOVO…
O Costa Book Awards, que escolhe os melhores livros publicados no ano anterior por escritores baseados na Grã-Bretanha e na Irlanda, inaugurou na segunda-feira, 4, a temporada de premiações literárias de 2010. E o ganhador na categoria de melhor romance foi o irlandês Colm Tóibín por “Brooklyn”, sendo que o detalhe que tornou a premiação ainda mais importante para o escritor foi o fato de ele ter vencido o aclamado “Wolf Hall”, de Hilary Mantel, que venceu o Man Booker Prize 2009.
Em “Brooklyn”, Tóibín conta a história da irlandesa Eilis Lacey, que viaja para Nova York nos anos 1950 a convite de um padre que se oferece para ajudá-la a encontrar emprego.
Os outros vencedores foram Christopher Reid, na categoria de poesia com “A Scattering”; Graham Farmelo pela biografia “The Strangest Man: The Hidden Life of Paul Dirac, Quantum Genius”; Patrick Ness pelo livro infantil “The Ask and the Answer” e Raphael Selbourne por “Beauty”, como melhor romance iniciante.
Os cinco vencedores do Costa Book Awards recebem 5.000 libras (aproximadamente 14.000 Reais) cada e concorrem ao Costa Book of the Year, que será anunciado em 26 de janeiro e que dá 25.000 libras (cerca de 70.000 Reais) ao ganhador.
POR FALAR …
… no prêmio Costa Book Awards, chegou recentemente ao Brasil “Chagall” (Globo Livros): uma biografia ilustrada do pintor Marc Chagall (1887-1985), de Jackie Wullschlager, que foi finalista dessa premiação em 2008.
Chagall, um dos expoentes do modernismo europeu, nasceu em Vitebsk, no então Território do Assentamento, onde Catarina, a Grande confinara todos os judeus de seu império. Mas a Revolução Russa e duas guerras mundiais o levaram para o exílio, onde ele pintou de forma genial a história do século XX , terminando seus dias como um mestre em Paris.
O livro mostra que o período em Vitebsk, além de levá-lo a uma relação desesperada com a comida, tingiu seu cotidiano com as tradições judaicas ortodoxas, o que se tornou um dos temas recorrentes em suas obras.
Jackie Wullschlager ainda aborda o temperamento vulnerável do pintor e sua extrema dependência das mulheres. Segundo a escritora, Chagall era reverenciado e protegido pela mãe e buscaria estender esse tipo de relação a todas as suas futuras companheiras, sempre emocionalmente poderosas e socialmente bem posicionadas.
por Anna Lee
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