Publicidade

O APANHADOR

A morte do escritor norte-americano J.D. Salinger, o enigmático autor de “O Apanhador no Campo de Centeio”, na quarta-feira, 27, já foi mais do que noticiada e repercutida, mas não se pode deixar de comentá-la. Afinal, o romance de estréia de Salinger, lançado em 1951, se tornou imediatamente um best-seller – o que não significa ser necessariamente boa literatura, porém, nesse caso é – e seu protagonista, o adolescente rebelde Holden Caulfield, tornaram-se uma espécie de referência para a juventude, um rito de passagem fundamental para a vida adulta. Isto, principalmente, por que Salinger narra as experiências de Holden em Nova York, que fazem com que ele perca a inocência, assim como a sexualidade e rebeldia adolescente, numa linguagem vernacular, utilizando-se de gírias, e mostrando uma incrível compreensão do mundo juvenil.

*Na verdade, pode-se dizer que até hoje, mesmo que algumas das preocupações de Holden Caulfield soem datadas, “O Apanhador no Campo de Centeio” causa fascínio. O livro ainda vende cerca de 250 mil cópias por ano, sendo que, no total, já são mais de 60 milhões de exemplares em diversas línguas.

*Salinger – que morreu aos 91 anos, em sua casa em Cornish, New Hampshire (EUA), onde vivia em reclusão há pelo menos 50 anos – se tornou conhecido por sua aversão à fama (o que só fez aumentar o mito em torno de seu nome) e escreveu muito mais do que publicou. Numa entrevista ao jornal “The New York Times” em 1974, então quebrando 20 anos de silêncio, ele afirmou que amava escrever, mas que escrevia apenas para si próprio e que publicar era “uma terrível invasão da minha privacidade”.

*No Brasil, além de “O Apanhador no Campo de Centeio”, estão publicados a coleção de contos “Nove Histórias” (1953), “Franny & Zooey” (1961) e “Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira & Seymour, uma Apresentação” (1963).

J.D. Salinger: “Publicar é uma terrível invasão da minha privacidade”

OS MAIS VENDIDOS NA VILA 15 a 22/01

Ficção

1. “O Símbolo Perdido”, Dan Brown (Sextante)

2. “O Mestre e a Margarida”, Mikhail Bulgakov (Alfaguara)

3. “A Cabana”, William P. Young (Sextante)

4. “Quinta Avenida nº 1”, Candace Bushnell (Record)

5. “O Vendedor de Armas”, Hugh Laurie (Planeta do Brasil)

6. “A Casa Verde”, Mario Vargas Llosa (Alfaguara)

7. “Os Espiões”, Luis Fernando Veríssimo (Alfaguara)

8. “Caixa Millennium – A Trilogia”, Stieg Larsson (Cia. das Letras)

9. “Clarice na Cabeceira”, vários autores (Rocco)

10. “A Elegância do Ouriço”, Muriel Barbery (Cia. das Letras)

Não-ficção

1. “Ayrton Senna – Uma Lenda a Toda Velocidade: Uma Jornada Interativa”, Christopher Hilton (Global)

2. “Um Certo Verão na Sicília”, Marlena de Blasi (Objetiva)

3. “De Malas Prontas”, Danuza Leão (Cia. Das Letras)

4. “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, Leandro Narloch (Leya)

5. “Clarice, – uma Biografia”, Benjamin Moser (Cosac Naify)

6. “As 100 +”, Nina Garcia (Best Seller)

7. “Ultimate Guide Ferrari” (Parragon)

8. “A Viúva Clicquot”, Tilar J. Mazzeo (Rocco)

9. “100 Cities of The World”, Falko Brenner (Parragon)

10. “Julie e Julia”, Julie Powell (Record)

Por Anna Lee

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Ilha privada nas Ilhas Fiji, visitada por Meghan e Harry, está à venda por US$ 78 milhões

Ilha privada nas Ilhas Fiji, visitada por Meghan e Harry, está à venda por US$ 78 milhões

Ilha privada nas Fiji, visitada por Harry e Meghan, volta ao mercado por US$ 78 milhões após um corte de preço. Com cerca de 800 acres, três villas, pista de pouso e amenidades raras, o imóvel figura entre os mais luxuosos do Pacífico. A infraestrutura completa e a associação ao casal real reforçam o apelo comercial da propriedade, que segue direcionada ao público de altíssimo padrão em busca de privacidade e exclusividade.
Quando a Vulnerabilidade Assusta Hollywood

Quando a Vulnerabilidade Assusta Hollywood

Kristen Stewart reacende o debate sobre gênero em Hollywood ao afirmar que atuar é, por natureza, um gesto “não-masculino” por exigir vulnerabilidade. Em entrevistas repercutidas por Yahoo News UK, The Guardian e The Independent, ela critica a diferença de tratamento entre homens celebrados por “profundidade emocional” e mulheres frequentemente rotuladas como “instáveis”. Stewart questiona o prestígio seletivo do Method acting e expõe como a indústria ainda opera sob padrões antiquados de masculinidade. Sua fala provoca desconforto justamente por revelar uma estrutura que já não se sustenta.

Instagram

Twitter