LIBER NOVUS
Finalmente “O Livro Vermelho”, do suíço Carl Jung (1875-1961), que demorou 16 anos para ser escrito e era conhecido apenas por familiares e alguns poucos amigos do psicólogo, chega ao Brasil pela editora Vozes. A obra não havia sido editada até outubro do ano passado, quando foi exibida no Museu Rubin de Nova York e publicada em edição fac-símile bilíngue com tradução para o inglês pela W.W.Norton & Company.
Também chamado por Jung de Liber Novus (Livro Novo) por conter o núcleo de seus trabalhos tardios, “O Livro Vermelho” (devido à cor da capa que cobria os originais) traz um caderno iconográfico que possui imagens do manuscrito original e pinturas feitas pelo próprio Jung, além de fac-símiles do volume caligráfico do autor ilustrados de próprio punho, que constituem uma rica e importante viagem exploratória pelo inconsciente, sendo pontuado pela descrição de sonhos, fantasias e visões.
Jung, discípulo Sigmund Freud – e seu maior rival – é amplamente reconhecido como uma figura proeminente no pensamento ocidental moderno, e seu trabalho ainda hoje produz controvérsias. Em “O Livro Vermelho”, escrito originalmente em alemão arcaico, ele escreve: “Minha linguagem é imperfeita. Não que eu queira brilhar com palavras, mas por incapacidade de encontrar aquelas palavras é que falo em imagem. Pois não posso pronunciar de outro modo as palavras da profundeza”.
por Anna Lee
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