OS MAIS VENDIDOS NA VILA 03 a 10/9

AFORISMOS

O escritor francês Honoré de Balzac (1799-1850) fez de sua pena um pincel por meio do qual retratou com palavras a sociedade da Europa da primeira metade do século XIX, sobretudo de Paris – sua maior personagem – como poucos pintores conseguiram reproduzir em imagens. Na época, a França vivia o período entre a Revolução Francesa e a Restauração da monarquia dos Bourbon, e pode-se dizer que Balzac foi uma espécie de arauto da gênese do nosso mundo burguês.

Sendo assim, parece natural que, pouco depois de sua morte, trechos de sua obra mais importante, “A Comédia Humana”, considerada um dos maiores monumentos literários da humanidade, tenham sido transformados em aforismos no livro “Máximas e Pensamentos de Honoré de Balzac”, que a editora Martins Fontes está lançando em nova edição aqui no Brasil, e no qual é possível encontrar uma síntese das ideias do autor.

Na verdade, “A Comédia Humana” é o título geral que dá unidade a 89 romances, novelas e histórias curtas, nos quais transitam cerca de dois mil e quinhentos personagens indo e voltando, ora como protagonistas, ora como coadjuvantes. Por causa dessa obra, Balzac passou a ser tido como o inventor do romance moderno, mesmo sendo parte do que ele escreveu considerada fraca (o próprio autor concordava com isso) ou datada. O fato é que não se pode negar que a maioria dos textos continua indispensável, pelo que representa de testemunho de uma época e, principalmente, por retratar a condição humana, esta invariável em suas grandezas e misérias.

Esse enorme painel da primeira metade do século XIX, formado por “A Comédia Humana”, foi reunido e ordenado por Balzac em três partes: “Estudos de Costumes”, “Estudos Analíticos” e “Estudos Filosóficos”. A maior das partes, “Estudos de Costumes”, com 66 títulos, subdivide-se em seis séries temáticas: “Cenas da Vida Privada”, “Cenas da Vida Provinciana”, “Cenas da Vida Parisiense”, “Cenas da Vida Política”, “Cenas da Vida Militar” e “Cenas da Vida Rural”. E entre os clássicos absolutos da literatura mundial estão “Ilusões Perdidas”, “Eugénie Grandet”, “O Lírio do Vale”, “Mulher de Trinta Anos” e “A fisiologia do Casamento”. No Brasil, “A Comédia Humana” foi publicada integralmente em dezessete volumes, entre 1945 e 1953, e reeditada entre 1989 e 1993, pela editora Globo.

Para concluir, alguns ditos de Balzac:

“Por detrás de todas as grandes fortunas, está sempre um crime.”

“A solidão é agradável. Mas precisamos sempre de alguém a quem o dizer.”

“Quando uma mulher nos ama, perdoa-nos tudo, até mesmo os nossos crimes; quando não nos ama, não reconhece nem mesmo as nossas virtudes.”

“É mais fácil ser-se amante do que marido pela simples razão de que é mais difícil ser-se sempre espirituoso todos os dias do que dizer palavras bonitas de tempos a tempos.”

“Nada torna uma amizade mais forte do que a certeza por parte de cada um dos amigos de que é superior ao outro.”

OS MAIS VENDIDOS NA VILA 03 a 10/9

Ficção

1. “Caminhos da Lei”, John Grisham (Rocco)

2. “Em Alguma Parte Alguma”, Ferreira Gullar (José Olympio)

3. “A Ilha Sob o Mar”, Isabel Allende (Bertrand Brasil)

4. “Luka e o Fogo da Vida” Salman Rushdie (Cia. das Letras)

5. “Fogo Amigo – Um Dueto”, A B Yehoshua (Cia. das Letras)

6. “Os Homens que Não Amavam as Mulheres”, Stieg Larsson (Cia. das Letras)

7. “Nunca Fui Primeira Dama”, Wendy Guerra (Saraiva)

8. “A Morte de Bunny Munro”, Nick Cave (Record)

9. “Surdo Mundo”, David Lodge (L&PM)

10. “Se Eu Fechar os Olhos Agora”, Edney Silvestre (Record)

Não-ficção

1. “1822”, Laurentino Gomes (Nova Fronteira)

2. “Comprometida”, Elisabeth Gilbert (Objetiva)

3. “Comer, Rezar, Amar”, Elisabeth Gilbert (Objetiva)

4. “1808”, Laurentino Gomes (Planeta)

5. “Um Certo Verão na Sicilia”, Marlena de Blasi (Objetiva)

6. “A Ilusão da Alma”, Eduardo Giannetti (Cia. das Letras)

7. “Ágape”, Padre Marcelo Rossi (Globo)

8. “Agassi”, André Agassi (Globo)

9. “Dez x 10 – 100 Receitas para Comer de Joelhos”, Carla Pernambuco (Leya)

10. “Caixa de Receitas – Saladas” (H F Ulmann)

por Anna Lee

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