Publicidade

ENTRE O SONHO E A TRAIÇÃO

O nacionalismo extremo é o traço fundamental de Roger Casement, o protagonista de “O Sonho do Celta”, a mais recente obra do Prêmio Nobel de Literatura de 2010, Mario Vargas Llosa, que acaba de chegar ao Brasil pela Alfaguara.

*O livro é um romance histórico, e Casement foi um irlandês a serviço do Império Britânico, que acreditava no poder das instituições econômicas, políticas e sociais da Europa para tirar a África do atraso e da selvageria. Valendo notar que este personagem difere de todos os heróis das ficções de Vargas Llosa justamente pelo nacionalismo fervoroso. Segundo o autor, em entrevista ao jornal “El País”, esta característica de Casement reflete o aspecto mais idealista do termo: “Sempre tive horror dessa forma de fanatismo. O nacionalismo me parece a pior construção do homem. E o caso mais extremo de nacionalismo é o cultural, ainda que em certas circunstâncias ele possa representar valores libertários.”

*Levado pelo nacionalismo, Casement embarcou para o Congo, onde acabou por se dar conta, ao presenciar abusos e maus-tratos contra colonos, de que a presença do colonizador europeu na África não era nem um pouco civilizatória. É aí que ele se volta contra seu próprio país. Em 1916, Casement foi encarcerado em um presídio de segurança máxima em Londres, acusado pelo governo inglês de alta traição. Apenas cinco anos antes, ele havia sido nomeado Cavalheiro.

Vargas Llosa: protagonista do novo romance é nacionalista fervoroso

 

Por Anna Lee

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Ilha privada nas Ilhas Fiji, visitada por Meghan e Harry, está à venda por US$ 78 milhões

Ilha privada nas Ilhas Fiji, visitada por Meghan e Harry, está à venda por US$ 78 milhões

Ilha privada nas Fiji, visitada por Harry e Meghan, volta ao mercado por US$ 78 milhões após um corte de preço. Com cerca de 800 acres, três villas, pista de pouso e amenidades raras, o imóvel figura entre os mais luxuosos do Pacífico. A infraestrutura completa e a associação ao casal real reforçam o apelo comercial da propriedade, que segue direcionada ao público de altíssimo padrão em busca de privacidade e exclusividade.
Quando a Vulnerabilidade Assusta Hollywood

Quando a Vulnerabilidade Assusta Hollywood

Kristen Stewart reacende o debate sobre gênero em Hollywood ao afirmar que atuar é, por natureza, um gesto “não-masculino” por exigir vulnerabilidade. Em entrevistas repercutidas por Yahoo News UK, The Guardian e The Independent, ela critica a diferença de tratamento entre homens celebrados por “profundidade emocional” e mulheres frequentemente rotuladas como “instáveis”. Stewart questiona o prestígio seletivo do Method acting e expõe como a indústria ainda opera sob padrões antiquados de masculinidade. Sua fala provoca desconforto justamente por revelar uma estrutura que já não se sustenta.

Instagram

Twitter