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Tarsila do Amaral e sua obra mais famosa, o quadro “Abaporu”, que pertence à coleção do museu MALBA, em Buenos Aires || Créditos: Divulgação

Há 130 anos nascia Tarsila do Amaral, uma das mais importantes artistas brasileiras de todos os tempos. Membro do movimento que ficou conhecido como o “Grupo dos Cinco”, que reunia ainda Anita Malfatti, Menotti Del Picchia, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, os maiores nomes do modernismo brasileiro nos anos 1920 e 1930, Tarsila é a autora do quadro mais famoso do Brasil: o “Abaporu”, de 1928, até hoje a obra brasileira mais valorizada no mundo.

A tela foi adquirida em leilão realizado pela Christie’s de Nova York em 1995 pelo milionário argentino Eduardo Constantini, por US$ 1,4 milhão (R$ 4,5 milhões), ou cerca de US$ 2,2 milhões (R$ 7,1 milhões) em valores atualizados. Entre especialistas, o consenso é que o Abaporu hoje tenha um valor de mercado de no mínimo R$ 30 milhões. Não por acaso, Tarsila é uma das poucas artistas brasileiras conhecidas internacionalmente como “blue chips”, uma denominação aplicada às ações das empresas mais importantes negociadas em bolsa, e que no mundo das artes serve para definir os artistas cujas obras representam as melhores opções de investimento.

Isso explica a disputa que existe para se ter um quadro dela, com a maioria das obras assinadas pela artista sendo compradas – nas raras ocasiões em que são colocadas à venda – por colecionadores particulares que planejam ficar com elas por vários anos. Dos quadros mais caros dela que estão fora do Brasil, há três obras, inclusive o Abaporu, que se destacam. Confira quais são:

“O Pescador” (1925)

Tela “O Pescador” (1925), exposta no Hermitage Museum, de São Petersburgo || Créditos: Divulgação

O quadro aborda um tema excepcionalmente brasileiro: um pescador, sentado em uma pedra em um lago, em meio a uma pequena vila com casinhas e vegetação típica. Exposto em Moscou em 1931, acabou sendo comprado pelo governo russo, e hoje faz parte da coleção permanente do Hermitage Museum, de São Petersburgo.

“A Cuca” (1924)

Tela “A Cuca”(1924) exposta no Museu de Grenoble, na França || Créditos: Divulgação

Quando começou a pintar a obra, no início de 1924, Tarsila escreveu uma carta para sua filha, Dulce Pinto, na qual descrevia o trabalho como “bem brasileiro, sobre um bicho esquisito, no meio do mato, com um sapo, um tatu, e outro bicho inventado”. É considerado um prenúncio do Movimento Antropofágico, manifestação artística dos anos 1920 fundada pelo namorado de Tarsila na época, o escritor Oswald de Andrade. O quadro foi doado pela própria artista para o Museu de Grenoble, na França.

“Abaporu” (1928)

Tela “Abaporu” (1928) exposta no MALBA, em Buenos Aires || Créditos: Divulgação

O grande marco da carreira de Tarsila, o quadro foi pintado por ela para Oswald de Andrade em janeiro de 1928, como presente pelo aniversário do escritor, com quem a artista já era casada. Abaporu é uma junção de termos da língua tupi que significa “homem que come gente”. Desde que foi comprada por Constantini, há 21 anos, a obra faz parte da coleção permanente do Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, o MALBA, que abriga a coleção do empresário. Por conta das Olimpíadas do Rio, o quadro voltou ao Brasil no início de agosto para ser exposto temporariamente no Museu de Arte do Rio de Janeiro, e fica na cidade até o dia 9 de outubro. (Por Anderson Antunes)

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