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Da esq. para a dir.: Clara Averbuck, Renata Corrêa, Carol Patrocinio, Aline Ramos e Luiza Coppieters, mulheres que representam o atual movimento feminista || Créditos: Arquivo Pessoal

No Dia Internacional da Mulher, pedimos a representantes da nova geração feminista no Brasil que mandassem um recado para a sociedade. Confira abaixo quais são seus mais sinceros desejos nesta data:

RENATA CORRÊA, roteirista e escritora, autora do livro “Vaca e Outras Moças de Família” e realizadora do documentário “Clandestinas”, a respeito do aborto no Brasil, em parceria com a International Women’s Health Coalition

Renata Corrêa || Créditos: Arquivo Pessoal

“Meu recado para o Dia da Mulher é que a gente não se cale. Várias pesquisas mostram que em grupos mistos de homens e mulheres a porcentagem de homens que falam é muito maior. E quando uma mulher se aventura a falar é normal que seja interrompida ou o seu raciocínio atropelado ou concluído por um homem. A experiência de homens e mulheres no mundo é muito diversa, e sem a perspectiva das mulheres perdemos em inteligência, diversidade, soluções e representatividade. Não se cale e não permita que te calem. A sua opinião importa, sua visão de mundo importa. Deixe que ela crie asas.”

CLARA AVERBUCK, escritora, autora dos livros “Máquina de Pinball” e “Toureando o Diabo”, e editora do site Lugar de Mulher

Clara Averbuck || Créditos: Arquivo Pessoal

“Queremos respeito, queremos sair na rua sem medo, queremos que nosso trabalho seja valorizado. Queremos receber o mesmo que os homens pela mesma função, poder exercer plenamente nossa licença-maternidade, sem pressões de empregadores e colegas achando que estamos de “férias”. Queremos que os homens tenham a mesma responsabilidade que nós na criação dos filhos, queremos respeito no ambiente de trabalho independentemente de nossa vida pessoal. Queremos políticas públicas que nos permitam exercer nossos direitos sexuais e reprodutivos e queremos garantia de atendimento de qualidade em caso de violência sexual. Queremos, enfim, ser tratadas como seres humanos com voz.”

ANTONIA PELLEGRINO,  escritora e feminista, uma das curadoras do blog #AgoraÉQueSãoElas

Antonia Pellegrino || Créditos: Divulgação

“#NãoQueremosFlores
#QueremosRepresentatividade
#NãoQueremosParabéns
#QueremosDireitos
#NãoVenhaNosBeijarHojeENosBaterAmanhã
#DiaInternacionalDaMulherÉDiaDeLuta”

LUIZA COPPIETERS, professora de Filosofia e membro do Conselho Municipal LGBT-SP

Luiza Coppieters || Créditos: Arquivo Pessoal

“O meu recado neste dia tão importante para as mulheres é para que lutemos por representatividade política e ocupemos as instâncias decisórias e legislativas. É fundamental para a defesa dos direitos assegurados e também para conquistar a legalização do aborto, a igualdade salarial, o fim da violência obstétrica, atendimento adequado a mulheres LGBT e uma educação que discuta gênero. Toda mulher carrega consigo uma força enorme e muita coisa a dizer. Que nos unamos para construir uma sociedade que nos respeite!”

ALINE RAMOS, jornalista e idealizadora do blog Que nega é essa?, voltado para discussões sobre feminismo, movimento negro e cultura

Aline Ramos || Créditos: Arquivo Pessoal

“Quando tiver oportunidade, ajude e seja gentil com outra mulher. Há muito mais coisas em comum entre vocês do que imaginam. Ser amiga de mulheres pode nos levar mais longe e curar feridas que achávamos impossíveis de ser curadas. Não há nada mais bonito do que mulheres unidas e autoconfiantes.”

CAROL PATROCINIO,  jornalista, uma das fundadoras da Comum.vc, site só para mulheres

Carol Patrocinio || Créditos: Arquivo Pessoal

“Respeite. Não só hoje, mas todos os dias. Respeite os corpos, ideias, escolhas, decisões e sonhos das mulheres. Respeite o que elas dizem, as histórias que contam e os problemas por que passam. Se a gente olhar pro outro com respeito tudo fica mais fácil de ser transformado.”

JULIANA DE FARIA, fundadora do ONG Think Olga, com foco em direitos das mulheres; criadora das campanhas Chega de Fiu Fiu e Primeiro Assédio, cujo objetivo é combater o assédio sexual; e uma das sócias da consultoria de comunicação Think Eva.

Juliana de Faria || Créditos: Arquivo Pessoal

“Precisamos falar sobre a ocupação de espaços públicos por mulheres. O machismo – e suas violências – não nos permitem nos sentirmos parte da nossa própria cidade. O assédio sexual é uma dessas raízes excludentes. É imprescindível lutar contra esse comportamento violento.”

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