Glamurama viu tudo e destaca os principais pontos da SP-Arte! Tá tudo lindo e os negócios não param por lá!

Caminhar pela SP-Arte, que começou nessa quarta-feira no Pavilhão da Bienal, em busca de novas aquisições, pode ser um desafio. São 89 galerias e 2.500 obras que disputam o espaço e os olhares atentos de amantes e colecionadores. E eles estavam lá em peso.

* De grandes nomes como José Marton, Kim Esteve e José Olympio Pereira, que haviam arrematado algumas obras já no primeiro dia, a jovens casais em busca de um bom investimento. Entre eles Ana Helena e Ico Perosa, o irmão dela, Tico Gelpi com Heloísa Whately, Ciccy e Rafael Halpern – ela decidida a comprar uma obra de Sandra Cinto – e Anna Cláudia e Flávio Rocha, pesquisando tudo, antes de arrematar alguma obra.

* Casados há pouco mais de um ano, Duda e Pepeu Correa já têm peças de artistas como Andy Warhol e buscavam uma d’osgemeos na Fortes Vilaça. Uma das primeiras a ser vendida, aliás, por US$ 56 mil. Resolveram então olhar o catálogo da galeria, no iPad, claro, e ficaram muito interessados em algumas peças de Vik Muniz.

* Cristiana Thompson, da Fortes Vilaça, que representa Beatriz Milhazes e Adriana Varejão, contou ao Glamurama que a lista de espera por uma obra dessas artistas pode ser de anos, mas muitos não se incomodam de esperar. "Elas têm cerca de quatro galerias que as representam no mundo e produzem pouco, então a demanda é enorme", disse.

* Quem também tem muita procura – sem comparação de escala – é o grafiteiro Zezão, representado pela Choque Cultural, de Baixo Ribeiro. "Acho que, além da arte brasileira e moderna estar em alta, há um reconhecimento de que os nossos artistas estão fazendo um trabalho de qualidade, isso é o mais importante", disse ele. As duas telas de Zezão ali expostas já estavam vendidas, e as de Stephan Doitschinoff, outro destaque da Choque, também foram superprocuradas.

* Algo em comum a todos os galeristas é a certeza de que não há uma tendência que prevaleça quando se fala de arte. "Há sim um aquecimento do mercado, uma supervalorização dos artistas, mas nem tudo o que está disponível é de qualidade", diz o curador Adriano Pedrosa. Já Edurado Leme acredita mesmo no gosto pessoal de cada um e não vê modismos no mundo da arte. No box da Galeria Leme, aliás, o artista Gabriel Acevedo Velarde fazia sucesso entre os visitantes, mas para a tristeza de todos, seus trabalhos já estavam vendidos.

* No box 66, os jovens Matthew Wood e Felipe Dmab mostravam trabalhos de outros jovens como Lucas Arruda e Paulo Nazareth, dois sucessos na feira e, claro, tudo já vendido no primeiro dia. A consultora de arte Daniela Duvivier aposta em Lucas Arruda como um dos mais promissores do mercado.

* Na Mezanino, Renato De Cara contou pra gente – superorgulhoso – que já havia vendido cinco trabalhos de Léo Sombra para a Pinacoteca, um orgulho para qualquer galerista. Além de Sombra, ele aposta no fotógrafo Daniel Malva e em Biel Carpenter, que têm sido muito procurados. Ainda deu tempo de bater um papo com Daniel Roesler, filho de Nara Roesler, que escolheu artistas como Antonio Dias, Marcos Chaves e Carlito Carvalhosa para a SP-Arte. Carlito, aliás, vai ser o primeiro brasileiro a ocupar o atrium do MoMA, ainda este ano. 

* Até o fim do primeiro dia, 80% do que estava exposto na galeria Nara Roesler já havia sido vendido. Fernanda Feitosa, feliz da vida, sentiu nos pés a dimensão da feira, a maior até hoje, mas não reclama. "As pessoas estão felizes, achando tudo mais arejado, mais aberto, demos uma mudada e ficou mais gostoso passear por aqui", disse ela, às 22h30, meia hora depois do horário que a feira deveria fechar, e ela ainda estava lotada. Glamurama adorou o "passeio".

Sair da versão mobile