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Conversa com Bial – Pedro Bial ( Apresentador ).
Pedro Bial durante gravação de “Conversa com Bial” || Créditos: Globo/Fábio Rocha

Segundas, terças e quartas-feiras Pedro Bial segue para os Estúdios Globo de São Paulo, onde grava o talk show “Conversa com Bial”. Nesta segunda, Glamurama acompanhou a gravação de um dos programas que tinha Joyce Pascowitch e Camila Coutinho como convidadas e depois seguiu com o jornalista até seu camarim para uma entrevista. Lá, em seu espaço, Bial bebeu água de coco e passou para o outro lado da “bancada”. Em nosso papo, entrou em pauta o significado de ser novamente pai aos 60 anos, depois de uma vida muito dedicada ao trabalho, suas descobertas com a dinâmica de “Conversa com Bial”, uma novidade em sua carreira, Big Brother e o toque de modernidade introduzido a seu visual desde que se casou com a expert em moda Maria Prata.

Glamurama: A estreia de “Conversa com Bial” foi muito aguardada, sobretudo pela substituição de Jô Soares, e por se tratar de um novo formato em sua carreira. Hoje, o programa é um sucesso, mas que depende também do interesse que o entrevistado desperta no público. O que você aprendeu com essa dinâmica do programa?
Pedro Bial: “Uma das novidades do programa, se é que pode chamar assim, foi que, na maioria das vezes, os convidados são chamados não só pelo que eles representam como personalidades e indivíduos, mas pela relação que eles têm com os temas que a gente quer abordar. Nesta procura por entrevistados que nos levem a uma compreensão mais clara e profunda de um tema, a gente já aprendeu que a dinâmica funciona muito melhor quando é alguém que tem uma vivência na carne do assunto, e não apenas uma abordagem intelectual, trazida por um acadêmico, por exemplo pois, apesar dele saber tudo sobre determinado assunto e trazer muita informação, não vai ser tão efetivo como comunicação. Quando vem um testemunho de alguém que tem uma história marcada por aquele determinado tema funciona muito melhor para a televisão. Nada substitui o testemunho pessoal.”

Glamurama: Quais foram os entrevistados mais inesquecíveis e por quê?
Pedro Bial: “Deste ano destacaria a autista Amanda Paschoal, que foi a entrevistada principal de um programa sobre autismo e a figura que mais me comoveu. Na categoria ‘gente famosa’, nunca tinha tido uma entrevista com Milton Nascimento, e nosso encontro foi um barato, a gente foi muito com a cara um do outro. Neste ano eu destacaria esses dois, mas é uma injustiça com um monte de gente e até comigo você me perguntar isso, mas te dou essa resposta (risos)”.

Glamurama: Quem está na sua mira como entrevistado?
Pedro Bial: “Desde o ano passado eu to tentando o Pelé, mas o Pelé ta difícil, né? Mas ele continua na minha mira. Vamos ver.”

Glamurama: Ser pai aos 60 anos é….
Pedro Bial: “Eu imaginava que ia ser legal, mas não podia prever que fosse ser tão legal. Estou encantado com a Laura e de ver a Maria viver a maternidade de uma maneira linda e inteira. E é um pouco lugar comum dizer isso mas hoje, aos 60 anos, acho que sou uma pessoa muito melhor para contemplar o milagre que é acompanhar um bebê se desenvolvendo. Não que eu não tenha curtido intensamente todos os meus outros filhos, mas a vida puxa a gente para tantos lados e eu sempre fui muito obcecado por trabalho. E hoje, apesar de continuar sendo puxado pra vários lados, aquele centro de gravidade que representa a Laura é soberano. Estou adorando. E é isso, sou pai e sou avô ao mesmo tempo, então tem aquela coisa do pai, que tem que educar, e a coisa do avô que é só babar. Estou encantado.”

Glamurama: Recomenda?
Pedro Bial: “Muito.”

Glamurama: O que mudaria na criação de Laura em comparação com a dos filhos mais velhos?
Pedro Bial: “Não faria nada de diferente porque, além da Laura, eu tenho uma filha de 31, um de 20 e um de 16, e eles não podiam ser mais diferentes entre si. Cada um tem o seu jeito, seus interesses, suas afinidades e se entendem muito bem, o que eu acho que depõe a favor da educação que eles tiveram. Se cada um dos meus é diferente, acho que acertei no sentido de deixar eles expressarem suas singularidades, serem fieis a eles mesmos. Então acho que não vou fazer nada de muito diferente com a Laura não. Vou tentar só não ser leniente demais porque, se deixar, fica muito mole. E pai às vezes tem que ser duro, mas uma dureza cheia de carinho.”

Glamurama: Algum de seus filhos pensa em seguir na mesma carreira que você?
Pedro Bial: “A Ana é artista plástica, o Theo está em uma de música – compondo, cantando, estudando, tem um projeto musical que se chama Theozin, que já está no Spotify. Se tem um que é mais ligado à informação é o José, de 16, mas ainda não sei se ele vai para um caminho de comunicação ou arte.”

Glamurama: A chegada de Maria Prata a sua vida fez com que você se preocupasse mais com a forma como se veste?
Pedro Bial: “Fez com que eu me despreocupasse com a forma como me visto porque é ela que decide, eu só obedeço (risos). Brincadeira, eu sou muito errático. Na minha vida já me vesti das mais diferentes maneiras. Olho fotos antigas e digo: ‘caramba, eu vestia isso! ‘Fui um jovem adulto nos anos 1980 – a década que condena! (risos) Mas com a Maria eu aprendi alguns truques de simplicidade, um certo minimalismo, como combinar poucos e efetivos elementos de maneira inteligente e evitar exageros. A primeira coisa que eu percebi é que todo mundo da moda só veste preto. Aí é mole, é muito difícil errar quando você só veste preto. E quando eles querem ousar muito usam branco, é isso (risos) .”

Glamurama: Ela dá muitos palpites?
Pedro Bial: “Ela não dá mas eu peço. Aí ela dá.”

Glamurama: Sente alguma saudade da época em que era repórter?
Pedro Bial: “Sinto, mas essa saudade está bastante preenchida porque o trabalho de pesquisa e preparação dos programas é muito parecido com o trabalho de repórter. A diferença é que o repórter, em geral, se resguarda mais em uma entrevista, enquanto que em um talk show estou tão exposto quanto o entrevistado. Mas o trabalho de preparação para a entrevista é praticamente o mesmo que o de um repórter.”

Glamurama: Qual a sua dica pra quem quer seguir carreira de repórter?
Pedro Bial: “Ler muito, não apenas jornal mas as grandes histórias bem contadas. Procurar uma honestidade radical e não sair nunca para a rua já sabendo que história vai contar, deixe-se surpreender. Sair para a rua com vontade de contrariar a sua pauta e trazer uma outra história.”

Glamurama: Você ainda sente que tem que provar algo a alguém?
Pedro Bial: “A alguém não, mas me por à prova, sempre. Tenho que atender a minha inquietude pessoal, minha angústia, minha vontade de nunca parar.

Glamurama: Qual é o público mais fácil de se comunicar?
Pedro Bial: “O mais fácil é aquele que está interessado no assunto. Quando você está falando com pessoas sobre coisas que estão presentes nas vidas delas, e elas estão com dificuldade ou dúvidas sobre como lidar com essas questões, você tem o melhor público. Então, quando a gente fala de costumes e de moral em um momento como esse no mundo, no Brasil, em que a moral e os costumes estão mudando, você tem a atenção das pessoas, porque elas querem entender o que está acontecendo e como elas podem ou devem se comportar diante disso.”

Glamurama: E o mais desafiador?
Pedro Bial:
“O mais desafiador são os jovens, porque estão bombardeados por hormônios, têm 300 interesses ao mesmo tempo – e é assim que tem que ser – e, como receptores, são infiéis por natureza. Todos nós somos assim e não vamos deixar de ser, mas os jovens têm uma desconfiança saudável dos mais velhos que é diretamente proporcional à dependência que têm deles, uma ambivalência. E eles acham que ninguém veio antes deles, que são os primeiros e que estão descobrindo tudo. A gente demora um tempo na vida pra entender que não, que teve gente antes.”

Glamurama: O que acha dos jovens de hoje?
Pedro Bial: “Não querendo moralizar muito, mas nos jovens de hoje eu enxergo um preocupante desinteresse com o passado, o que acho perigoso porque o passado é um país tão legal de se visitar. Inclusive, diz que tem que passar pelo passado pra chegar no futuro, não tem atalho.”

Glamurama: Projetos futuros?
Pedro Bial: “Há alguns desdobramentos do próprio programa… Acho que a gente vai ampliar um pouco nossa atuação na internet. Recebi um convite de uma editora para escrever um livro no formato “Cartas a um Jovem Repórter” ou Cartas a um Jovem Pedro” e eu estou tomando fôlego para aceitá-lo. Talvez organize alguns poemas  em um livro também, mas tudo está muito abstrato ainda.”

Glamurama: O que ninguém sabe sobre você?
Pedro Bial: “Muita coisa. Ninguém sabe nada sobre mim (risos)… E vão continuar sem saber.”

Glamurama: Se não fosse jornalista, o que seria?
Pedro Bial: “Professor, de português, literatura ou basquete – isso eu já fui.”

Glamurama: Você ainda assiste Big Brother Brasil? 
Pedro Bial: “Eu me informo e, como todo mundo no Brasil, sei o que está acontecendo, quem está no paredão e tudo, mas o hábito de assistir o programa todas as noites não consigo por imposições do trabalho. Há mil maneiras de consumir o BBB, é como Neston, dá pra ver pela internet, pela TV, pelo Whats App… eu vejo pela internet.”

Glamurama: Foi fácil desapegar do programa? 
Pedro Bial: “Desapeguei do programa, mas não das pessoas. Muitas são as mesmas da minha época, são pessoas amadas que nunca vou esquecer.”

Glamurama: O que acha de Tiago Leifert na apresentação?
Pedro Bial:
“Brilhante. Depois de tantos anos acostumados a um tipo de condição do programa é difícil pra qualquer um assumir este papel e o Tiago conseguiu fazer a linha dele e renovar o BBB.” (Por Julia Moura)

 

 

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