Publicidade
Eastwood e o ator Paul Walter Hauser || Créditos: Reprodução
Eastwood e o ator Paul Walter Hauser || Créditos: Reprodução

Dirigido por Clint Eastwood, “O Caso Richard Jewell” estreou nesse fim de semana nos Estados Unidos e, como sempre acontece com a maioria dos trabalhos feitos sob a batuta do consagrado ator e diretor, chegou às telonas do país dando o que falar. O longa trata da história real de um segurança americano que foi falsamente acusado de ter participado do ataque com bombas durante as Olimpíadas de Atlanta, em 1996.

Richard Jewell, que é o segurança em questão e também quem dá nome à fita (na qual é interpretado por Paul Walter Hauser), salvou várias vítimas durante a tragédia, mas no fim acabou sendo considerado pelo FBI como um dos principais suspeitos do crime de terrorismo e, em razão disso, foi vilanizado por boa parte da imprensa americana até ser inocentado 88 dias depois do ocorrido.

Mas a polêmica, nesse caso, não tem a ver com o “segurança herói”, mas sim com uma das repórteres retratadas em “O Caso Richard Jewell”, Kathy Scruggs, que é vivida por Olivia Wilde no drama biográfico. Em uma das cenas da produção, Wilde aparece na cama com um agente do FBI, o que Scruggs teria feito com o objetivo de conseguir informações exclusivas da investigação sobre o ataque que chocou o mundo há 23 anos.

Scruggs, no entanto, é categórica ao afirmar que o contato íntimo jamais aconteceu, e o jornal para o qual ela trabalhava na época, o “Atlanta Journal-Constitution”, exigiu em carta aberta que os responsáveis por “O Caso Richard Jewell” deixem claro para o público que alguns eventos abordaram em sua trama baseada em fatos reais foram reimaginados com liberdade criativa e não refletem a realidade.

O documento foi endereçado a Estwood, ao roteirista Billy Ray e ao estúdio Warner Bros., que produziu e distribuiu o filme. E o público, que sempre gostou do lado provocativo de Eastwood, tampouco parece estar do lendário astro de Hollywood dessa vez: “O Caso Richard Jewell” faturou apenas US$ 5 milhões (R$ 20,4 milhões) nas bilheterias americanas entre sexta-feira e domingo, uma cifra bem abaixo dos valores levantados na estreia por outros longas dele. (Por Anderson Antunes)

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter