É raro acontecer isto: a primeira palestra da Flip foi a melhor do evento até agora. E tudo por causa do biblioteconomista pernambucano Edson Nery da Fonseca, estudioso da obra de Gilberto Freyre. Didático, sedutor e com grandes e divertidas histórias sobre Freyre, Nery arrebatou o público que aplaudiu de pé no final, como Glamurama contou.
* Das mesas seguintes, a que conseguiu encher a Tenda dos Autores teve como atração a escritora chilena Isabel Allende, best-seller há 30 anos, com o livro “A Casa dos Espíritos”. Uma prova de que bons livros resistem ao tempo e até à crítica, que nunca deu muita bola para Isabel. Aliás, ela contou uma curiosidade: que gostaria de ver Penélope Cruz interpretá-la no cinema. Lembrando que, uma vez, ela já preferiu Sonia Braga.
* A convidada, digamos, menos simpática até agora foi a cubana Wendy Guerra. A autora de “Nunca Fui Primeira Dama” se negou a falar sobre Cuba, onde vive, muito embora ninguém saiba direito como consegue sair do país e voltar e porque seu romance nunca foi publicado por lá. E sempre de cara fechada. Que coisa, não?
* O almoço de boas-vindas na casa do príncipe João de Orleans e Bragança não seduziu muitos autores, que preferiram circular no Centro Histórico ou encontrar amigos nas próprias pousadas. O escritor que ficou mais tempo foi Benjamin Moser, que está no país pela segunda vez este ano e participa de três mesas na FLIP. Quase um Jimmy Cliff da literatura no Brasil!