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Créditos: Michel Menezes
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Da Revista PODER de fevereiro

Quadratura, oposição, trígono. Para entender a astrologia, é preciso um pouco de conhecimento de geometria. É o que explica Maria Eugênia de Castro, pesquisadora, professora e uma das maiores autoridades na área no país. “Os planetas estão sempre posicionados um em relação ao outro e isso faz um desenho no céu. Fazemos a leitura a partir daí.” Essa foi a maneira que ela encontrou para, digamos, dar uma notícia difícil neste início de ano. “O céu está pesado. Temos uma quadratura entre Plutão, que indica fim de situações, e Urano, que é o novo. São planetas de destino, não perguntam se a gente gostou, se podem fazer. Vão lá e fazem, e não tem volta.”

Essa conjunção astrológica, explica Maria Eugênia, dura até o fim do ano – ou seja, 2017 ainda promete sacudir muita coisa, talvez mais do que o já agitado 2016. “Por isso, essa deposição de figuras públicas, cai governo, cai tudo. É uma espécie de faxina cósmica, que tira tudo do lugar para ver o que fica e o que não fica”, diz. A pesquisadora conta que o céu tinha um desenho parecido no fim da década de 1930, quando começou a Segunda Guerra Mundial. Não que exista um evento desse porte no horizonte nem que seja possível prever tamanho acontecimento. Mas a astrologia, ensina Maria Eugênia, não mostra o fato, e sim a causa dele.

É PAU, É PEDRA

Por causa de Plutão, em 2017 vai ser preciso abandonar certas formas de pensar e de agir – a regra é mudar a chave, ou não conseguiremos abrir as portas a nossa frente. “A Terra, para evoluir, necessita desses ciclos de renovação, senão ninguém anda para a frente. Quem está aqui pode não gostar, mas faz parte”, aponta. Mesmo que não adiante muito sofrer, a gente sofre – e, para Maria Eugênia, isso não é só coisa dos astros. “Tem o nosso sangue também, o brasileiro e o lusitano são muito emocionais. Por tudo puxam o lenço e choram”, brinca.

Urano, coresponsável por essa faxina geral, não costuma deixar pedra sobre pedra, mas representa também a liberdade, a independência, a criatividade, a solução. “É um planeta que faz tudo o que a gente menos espera, traz surpresas. Em português a palavra ‘surpresa’ acabou tendo uma conotação que pode ser boa ou ruim. Mas com Urano ela é sempre boa porque é necessária.”

Para quem não se animou muito, a boa notícia é que um terceiro planeta, Saturno, também está no mapa de 2017 e “traz um pouco de sensatez para algumas cabeças”, explica a astróloga. Segundo ela, é Saturno que vai permitir alguma coerência no meio de tantas mudanças (ufa!).

PONTE PARA O OUTRO

Maria Eugênia acredita que os astros são como mestres querendo falar com as pessoas. “O problema é que a humanidade é limitada e lenta para captar as coisas, leva 2 mil anos para entender uma frase”, diz, bem-humorada. Quem quiser enxergar melhor os sinais celestiais – e não ficar só “por aí, zanzando”, como diz a astróloga – precisa prestar atenção no contexto, olhar o todo. Netuno, que aparece forte no nosso céu, tem lá seus aspectos ruins, mas é também o planeta da compaixão, da empatia, do coletivo. “A palavra agora não é mais caridade e, sim, solidariedade. É preciso pensar nos outros, senão sua história não anda. A gente precisa ser como as estrelas, viver em constelação.” Sem contar que Netuno ainda rege a área das artes e das invenções – ou seja, pode estar nascendo um gênio por aí. “Einstein, Mozart e Leonardo da Vinci vieram ao mundo sob essa conjunção. Em uma dessas passagens de Netuno por Peixes, onde ele está agora, foi descoberta a anestesia.”

E, já que estamos todos debaixo do mesmo céu, a situação do Brasil nesse contexto não foge à regra – muita mudança, recomeço e chacoalhada. “Até abril de 2018 o brasileiro vai estar com essa sensibilidade, essa tristeza à flor da pele. Mas estamos na hora de consertar. Mesmo que a gente não entenda direito o que está acontecendo nem como vamos resolver a situação, a rearrumação vai ser para melhor.” No campo da política, explica Maria Eugênia, as feridas estão tão explícitas porque Saturno e Júpiter na casa oito gostam de escancarar, “mostram tudo que é para ser mostrado, para depois refazer aos poucos”. Agora é esperar que essa faxina do universo seja das boas e, mesmo tirando a poeira e mudando tapetes e  móveis de lugar, deixe tudo melhor e mais organizado do que antes.

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