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Ronaldo Fraga e as criações de suas pupilas – Jéssica Cerejeira, Natália Menezes e Amanda Castro || Créditos: Bruna Guerra

Um dos mentores do SENAI Brasil Fashion e figura das mais irreverentes no mundo da moda, Ronaldo Fraga, bateu um papo com Glamurama  no desfile final do projeto e falou um pouco sobre moda brasileira, devaneios da juventude, influência nas criações e como foi ser tutor. Ao papo!

(Por Bárbara Tavares)

Glamurama – Qual a importância do SENAI Brasil Fashion para a moda brasileira?
Ronaldo Fraga – “O grande passo é a valorização do ensino profissional, do ensino técnico profissional, pelo qual o Brasil sempre teve muito preconceito, mas países como a Holanda, Finlândia, Dinamarca e até mesmo o Chile, quando melhoraram e estimularam o ensino técnico, levaram o país a outro patamar. E, no caso da moda, que não pode ser só poesia e crônica, o ensino técnico é fundamental. Quando eu falo poesia quero dizer que não adianta o estilista ter uma ótima criação, desenho ou sonho se ele não tem técnica, se ele não tem gestão. Então temos que unir esses pilares, e isso é fundamental para o ‘pulo do gato’.”

Glamurama – Como foi ser mentor de estilistas tão jovens, passar seu conhecimento e trazê-los aqui hoje?
Ronaldo Fraga – “Graças a Deus a juventude é um defeito que passa! Então essa coisa de ‘jovem sabe, não sabe’, ‘ser jovem é ser extremamente criativo, não é’ também. Ser jovem tem uma coisa que é maravilhosa, os olhos brilham. Eles acham – assim como eu já achei – que somos os inventores da roda. Então, quando um projeto como esse, de forma inédita, reúne três figuras que já estão no mercado, que já tropeçaram, já caíram, batalharam e batalham até hoje, e os coloca em contato direto com esses estudantes, a gente dá um passo à frente, a gente rompe com uma distância oceânica. Eu não tive essa oportunidade, o Alexandre [Herchcovitch] não teve e com certeza o Lino [Villaventura] também não. E isso é bem legal!”

Glamurama – Nós vamos ver a irreverência do Ronaldo Fraga em seus pupilos?
Ronaldo Fraga – “Eu tentei preservar ao máximo aquilo que era a essência de cada um. Mas é difícil não influenciar, principalmente na história do olhar. Eu cobrei muito que eles trouxessem a pesquisa de forma poética, de forma verdadeira para aquilo que estará na passarela. Então vamos ver se você vai reconhecer essas peças!”

Glamurama – E o que você achou mais difícil de passar para eles?
Ronaldo Fraga – “Tem uma coisa que é muito difícil com essa geração, a chamada ‘geração Z’, que é o medo da frustração. Então, para não frustrar, a tendência é não fazer, não produzir. E tem uma coisa do desapego, moda é um exercício de desapego, e moda é um exercício de equipe: o estilista é o grande cabeça, ele é o primeiro que chuta a bola, mas se você não tiver bons modelistas, bons pilotistas, bons fornecedores, bons tecidos, você não chega a lugar algum.”

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