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Ryan Lochte com sua medalha de ouro ganha durante as Olimpíadas do Rio
Ryan Lochte com sua medalha de ouro ganha durante as Olimpíadas do Rio || Créditos: Getty Images
Ryan Lochte com sua medalha de ouro ganha durante as Olimpíadas do Rio || Créditos: Getty Images

A confirmação, feita na manhã desta quinta-feira pelas autoridades brasileiras, de que Ryan Lochte inventou a história sobre o suposto assalto do qual ele afirma ter sido vítima no último domingo pode se tornar um problema muito maior do que uma simples noitada mal explicada dele com amigos. Isso porque é normal que as empresas que patrocinam atletas de grande renome como Lochte incluam nos contratos que assinam com eles cláusulas morais que os obrigam a manter uma certa retidão mesmo em seus momentos de folga.

De maneira geral, essas cláusulas são específicas para possíveis problemas relacionados a antidoping, mas também é comum que esses atletas se comprometam por escrito a não se tornarem reus em processos nos quais são acusados dos mais variados tipos de crimes, desde pequenas infrações até assassinatos. Essa prática ganhou força a partir de 1994 nos Estados Unidos, quando o ex jogador de futebol americano e ex ator O.J. Simpson, então um astro do esporte e do cinema, foi acusado de ter matado a ex-mulher e um amigo dela. Lochte, que mantém contratos com marcas como Speedo, Gatorade e Ralph Lauren, fatura em torno de US$ 2,3 milhões (R$ 7,4 milhões) por ano graças a essas parcerias. Ele também embolsou US$ 225 mil (R$ 728,1 mil) com as 12 medalhas olímpicas que ganhou, incluindo seis ouros, e US$ 1,1 milhão (R$ 3,5 milhões) em prêmios de competições internacionais de natação que participou desde 2004.

Para Christine Brennan, comentarista de esportes da rede de televisão CNN que está no Rio, se for comprovado que Lochte realmente mentiu para as autoridades, o que é crime segundo a legislação brasileira, é bastante provável que as marcas que o patrocinam queiram manter distância dele. Essa possibilidade foi confirmada por uma fonte do meio esportivo americano ouvida por Glamurama, que preferiu não se identificar, e segundo a qual a maioria dos contratos mantidos pelo nadador se encerram neste ano. “Se ele for culpado, o problema não reside apenas nos contratos que ele mantém, mas principalmente naqueles que ele vai perder a chance de ter no futuro”, disse a fonte. (Por Anderson Antunes)

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