Publicidade


“Juno” é um dos filmes mais comentados da estação – ganhou o Oscar de Melhor Roteiro – e tem atraído público de todas as idades. Aqui, uma pensata de nossa colaboradora Roberta Sendacz.


“Juno é a menina pós-MTV com toda a certeza. Aquela que engravida na poltrona de casa, que conversa com o pai e sabe, de uma maneira geral, estar também à mercê de sua família. Não tem coisa proibida nessa vida, pois respeita-se as ordens de casa. Assim, a menina de 16 anos que traz à notícia de gravidez, não é nenhum monstro.


* O filme de mesmo nome poderia partir para dois rumos: o da gravidez seguida de aborto e o da gravidez seguida de nascimento. Devemos questionar primeiro que tipo de lugar Juno vai para realizar o aborto e, ao se deparar com a má organização, resolve “ter” a criança. Quer dizer, será que o bebê é realmente bem-vindo ou a clínica não dá conta de satisfazer os desejos da jovem mãe?


* Se fosse no Brasil, a opção por uma clínica de aborto – clandestina -, daria contorno à situação da menina. Outro ponto: Juno não fica um minuto preocupada em relação ao pai de sua criança ao optar pela adoção. Isso nos leva crer que ou ela é uma moça contemporânea em termos de relacionamentos ou é muito de vanguarda – por estar grávida de um rapaz que ama e, simplesmente, não liga para a reciprocidade.


* Neste filme adolescente não vimos ninguém bebendo, fumando, cheirando ou assistindo televisão. A vida é muito mais saudável. Mostra-se tudo, porque tudo é familiar e diferente de Larry Clark ou mesmo das meninas de Catherine Breillat – que devem fugir para transar com namorados, amantes e amigos. Isto é, Juno é um filme normal, da classe média que trabalha e não chega a ter um desgosto com a notícia da adolescente grávida.


* O final feliz, repare, é mais final feliz para Juno do que para o espectador, pois é tudo muito simples. A começar pelo orçamento gasto com o longa e, mais do que isso, pela emoção banal de ver aquela vida simples… sem exaltação nem picos de nada.”


Por Roberta Sendacz

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Escândalo de apostas abala a NBA e coloca holofotes sobre o círculo de LeBron James

Escândalo de apostas abala a NBA e coloca holofotes sobre o círculo de LeBron James

Escândalo de apostas ilegais atinge a NBA, com a prisão de Terry Rozier, Chauncey Billups e Damon Jones por uso de informações privilegiadas em esquemas de apostas e jogos de pôquer fraudulentos. Embora LeBron James não seja investigado, seu nome surgiu em mensagens entre os acusados, ampliando o impacto do caso. A crise levanta dúvidas sobre a integridade da liga, que nos últimos anos se aproximou do mercado de apostas esportivas, e reacende temores de manipulação semelhantes ao escândalo de 2007.
Petição contra Bad Bunny no Super Bowl expõe divisões culturais nos EUA

Petição contra Bad Bunny no Super Bowl expõe divisões culturais nos EUA

A escolha de Bad Bunny para o show do intervalo do Super Bowl LX gerou uma petição com mais de 60 mil assinaturas pedindo sua substituição pelo cantor country George Strait. A polêmica revela divisões culturais nos Estados Unidos e reforça a relevância global do artista porto-riquenho, símbolo de uma nova era do pop multicultural.

Instagram

Twitter