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Daniel Bydlowski e cena do curta Bullies || Créditos: Divulgação
Daniel Bydlowski e cena do curta Bullies || Créditos: Divulgação

Daniel Bydlowski, um dos nomes mais expoentes do cinema brasileiro, tem mexido com a indústria cinematográfica com “propósito”. O seu último curta, “Bullies”, que aborda de forma fantástica o bullying infantil, tem chamado a atenção nos festivais ao redor do mundo, e será exibido abertamente ao público nos dias 30 e 31 de março, no Cleveland International Film Festival, nos Estados Unidos. O filme também já levou prêmios no festival
Newport Beach e Comic-Con e ainda este ano será exibido por aqui.

O que tem chamado tanta atenção para a produção é a forma como o tema, já tão explorado nas telonas, é retratado de forma lúdica. A trama mostra Eugene, um garoto de 10 anos que sofre bullying na escola. Um dia, enquanto se esconde de quem o atormenta, descobre um esconderijo que pode salvá-lo, mas para isso precisa abrir mão de algumas coisas que gosta.

O curta também engaja, já que esta foi uma das maneiras que o cineasta encontrou de expor o próprio sofrimento com esse tipo de situação: “O filme propõe comunicar diretamente com quem sofre ou sofreu bullying e proporcionar um espaço de entretenimento que pode ajudar no tratamento dos traumas de forma sadia”, explica Daniel, que bateu um papo com o Glamurama para falar sobre esse trabalho, como o bullying pode levar o oprimido a situações extremas – como o caso de Suzano – e a chance do Brasil concorrer ao Oscar com a sua produção. Ao papo e a reflexão! (por Fernanda Grilo)

Glamurama: O que o filme propõe de novo em relação ao bullying?

Daniel Bydlowski: A maior parte da mídia geralmente trata do bullying apenas dirigindo as mensagens para pais e educadores, e de maneira triste. O filme propõe comunicar diretamente com as pessoas que sofrem ou sofreram bullying pela fantasia, e desta forma proporcionar um espaço de entretenimento que pode ajudá-los a lidar com seus medos ou traumas de forma sadia.

Glamurama: Como foi o processo até você conseguir transformar o bullying que sofreu em dramaturgia?

Daniel Bydlowski: A dramaturgia sempre me ajudou a pensar no bullying quando criança. Filmes como “E.T. O Extraterrestre”, “Karate Kid”, “História Sem Fim”, “De Volta Para o Futuro”, “Superman”, que mostram o bullying mesmo que de maneira indireta, sempre me ajudaram. Então a dramaturgia deste tema surgiu de maneira natural.

Glamurama: Recentemente tivemos o caso dos assassinatos em massa em Suzano e uma das causas apontadas para o fato foi o bullying. Você acredita nessa versão?

Daniel Bydlowski: Acho difícil falar em “acreditar” sem ter os fatos. Mas o sofrimento causado pelo bullying pode naturalmente levar a violência como qualquer tipo de sofrimento. Por isso, acho importante investir em formas de lidar com esse tipo de situação, para que o bullying não afete a vida de modo desproporcional. Esse tipo de violência faz com que a vítima questione porque sua vida não é tão boa quanto a dos outros, e ainda pode levar a se culpar por isso. Mostrar que não estão sozinhas pode ser um modo de fazer o sofrimento ficar menor. E é isto que o filme Bullies tenta levar a estas pessoas.

Glamurama: Quais as chances reais de “Bullies” concorrer a uma vaga no Oscar 2020?

Daniel Bydlowski: Difícil falar em chances, já que nunca se sabe o que os críticos do festival e do Oscar têm em mente. Mas esta é a segunda vez que tenho esta oportunidade, então estou otimista. (O Cleveland International Film Festival é creditado pelo Oscar e reconhecido por exibir obras cinematográficas que têm como foco educar, divertir e que também ajudam na inclusão).

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