Roberta Sudbrack, Thomas e Claude Troisgros, Pedro de Artagão e Francesco Carli prepararam um jantar em homenagem a José Hugo Celidônio essa quarta-feira no Copacabana Palace. O evento, batizado de “Encontro de Gerações”, foi promovido pela importadora de vinhos Zahil e teve a participação do próprio Zé Hugo, que assinou uma das entradas, de salmão. Entre os convidados no salão, mais chefs, como Felipe Bronze e Jan Santos.
* Francesco foi o responsável pelo coquetel. Roberta fez seu ” mar, terra, quintal” com palmito fresco, camarão e ovo caipira. “Uma honra homenagear o Zé, que é muito importante para todos nós e ajudou bastante nesse nosso caminho.As histórias dele são as melhores.” E o que Zé acha disso? “É imerecido. Fico até embargado. Tanto elogio que estou ganhando hoje que já tirei o lenço do bolso.” Pedro – que agradou em cheio com seu pirarucu com purê de banana e maracujá doce e jus de azedinha – nos contou algo que pouca gente sabe. “Quando decidi ser cozinheiro, me espelhava na imagem do Zé e seu bigode. E foi ele que me deu meu primeiro emprego de carteira assinada, em 1999. Tanto tempo depois de ganhar essa chance, cozinhar pra ele é como encerrar um ciclo.”
Thomas estava o tempo todo com o celular no bolso, atento. É que Joaquim, seu primeiro filho, está para nascer a qualquer momento. “Avisei aqui que isso poderia acontecer, mas acho que não vai ser hoje, não.” O chef repetiu um sucesso do restaurante Olympe: caneloni de paleta de cordeiro com consomé de trufas negras e carne seca crisp. Fazendo piada, disse que era caldo de mocotó para o nosso fotógrafo. Engraçadinho… Thomas ainda contou que puxou a orelha do pai, que entregou pra gente seus planos de expansão. “Estão me censurando”, confirmou Claude, brincando. Ele foi quem assinou a sobremesa: Romeu e Julieta desconstruído, com goiabada em quatro texturas – goiabada, fruta, calda de goiaba e sorvete – e lâminas de suspiro.
Cada prato era harmonizado com dois vinhos… Depois, um brinde a Zé Hugo, que também comemora nesta semana 50 anos de casado. Um por um, os chefs fizeram um pequeno discurso sobre o homenageado, que interrompia sempre para reclamar “Vocês estão me chamando de velho.” No fim, ele disse: “Se antes eu precisava de um lencinho, agora vou ter que puxar a toalha de uma das mesas.” Uma noite pra ficar na memória.
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