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Vanessa da Mata abre os braços para o repertório de Tom Jobim

Por Thayana Nunes

Vanessa da Mata aterrissa em São Paulo para mais um show do projeto Nivea Viva. Depois de passar por Brasília, Recife, Salvador e Porto Alegre, é a vez dos paulistanos curtirem a cantora soltando a voz com os maiores sucessos de Tom Jobim em uma apresentação aberta ao público no Parque da Juventude, neste domingo, 26. 

* “Tom sabe como ninguém definir cada tipo de amor”, diz Vanessa em conversa com Glamurama. E é sobre poesia que essa mato-grossense mais gosta de conversar. Ao seu lado é possível ficar horas falando sobre o lado bom da vida e das pequenas coisas que nos fazem felizes, característica que acredita compartilhar com Tom. “Ele tem o dom de ver o lado bom das coisas, assim como eu. É algo da minha personalidade.”

* Vanessa, que lança para o Dia dos Namorados CD e DVD desse projeto, contou para a gente um pouco mais sobre o universo de Tom Jobim, sua preocupação com o que os jovens estão escutando e o que sente quando escuta algumas músicas do cantor. Confira.

– Como está essa temporada com Tom Jobim? “Está sendo uma delícia, muita alegria. Esses shows têm me proporcionado muitas sensações. Poder trabalhar com uma obra que tem várias situações, como dor de cotovelo, o fim de um amor que causa muita dor ou a visão política forte sobre o Brasil… A verdade dele é muito poética, inteligente.”

– Sempre gostou de Tom? “Desde muito pequena, na época da novela ‘Anos Dourados’. Queria muito assistir mas não podia. Já percebia todas as sensações que me causava. Junto com o cheirinho de bolo, quando um rapaz passava e a gente dizia que um dia ele seria nosso namorado. Situações poéticas que todos nós passamos. Não só nos momentos felizes, mas também nos momentos para baixo. Sempre fui como Tom, de ver o lado bom das coisas. É algo da minha personalidade.  Estou sempre feliz, minha vida é muito boa.”

 – Você comentou recentemente que está preocupada com o que os jovens estão escutando hoje… “Qualidade é muito pessoal. No mundo inteiro sempre se ouviu de tudo. O que acho é que em muitos lugares não se escuta mais cantores como Tom Jobim e Chico Buarque. A música deles é atemporal. O que toca é o que foi pago, o que é tendência. Músicas que têm uma força de grudar na cabeça. Letras que não dizem muita coisa, arranjos que não têm sentimento e sensações. Mas tudo tem seu mérito. O ruim para mim pode ser engraçado para o outro. Eu já fui chamada de fenômeno muitas vezes. Em lugares que só passava samba e pagode, músicas minhas, como  ‘Amado’, ‘Não me Deixe Só’ e ‘Vermelho’, estavam em primeiro”.

– O que você sente quando escuta pequenos trechos de algumas músicas de Tom Jobim?
“Vem ouvir esse segredo…” (Falando de amor) “Tom fala do amor como um segredo, quando você está presa a ele e é difícil revelar e exprimir seu sentimento.”
“Ah, se eu pudesse entender…” (Este seu olhar) “Tanto preconceito…”
“Que não sai de mim, não sai de mim, não sai…” (Chega de Saudade) “Tom Jobim”.
“Agora eu já sei…” (Wave) “Como estar mergulhada dentro de um repertório que não é meu… Sempre estive mergulhada na minha música, nas minhas composições.”
“A minha vida inteira esperei por…” (Dindi) “Lançar um livro e vou lançar até o fim do ano. Essa minha vontade sempre existiu. É um romance fictício, falo sobre as relações, a vida no interior…”

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