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Helena Mattar e Fabrizio Lenci
Helena Mattar e Fabrizio Lenci | Foto: Gui Morelli
Helena Mattar e Fabrizio Lenci | Foto: Gui Morelli

Assim como o estilo de vida, o apartamento de Helena Mattar e Fabrizio Lenci, nos Jardins, em São Paulo, é um espaço colaborativo, no qual a cozinha reina absoluta

Por Fernanda Grilo para Revista J.P de outubro de 2016
Fotos: Gui Morelli

A sommelière Helena Mattar e o arquiteto Fabrizio Lenci namoram há dois anos e moram juntos há um ano e meio. Sim, eles são rápidos, mas diante de tantas afinidades, dividir o mesmo teto era uma questão de pouco tempo. Moradores de um simpático prédio construído nos anos 1940 nos Jardins, não queriam ser reféns dos “clubes” que se tornaram os condomínios modernos. “A localização era muito importante para nós. Buscamos um lugar tranquilo em que poderíamos entrar e sair sem precisar de porteiro. Além disso, o transporte público por perto e opções de entretenimento e serviço também eram requisitos”, explica Lenci. “Ficar em casa tem de ser um prazer, não uma prisão”, completa Helena.

A cozinha completamente integrada aos demais cômodos do apartamento | Foto: Gui Morelli

A busca pelo lugar ideal começou de forma separada. Helena é quem estava procurando um imóvel para comprar, ao mesmo tempo em que Fabrizio precisava mudar de casa. Foi então que surgiu a ideia de juntar os trapinhos. E já na primeira visita, Helena quis o apartamento dos Jardins, mas, para fazer uma moral com o namorado – que ficou com o pé atrás com a planta que tinha muitas paredes e pouca iluminação –, chegou a visitar outros. Nada feito, a escolha já era aquela e foi aí que a habilidade dele entrou em ação. “Quebramos sete paredes em um espaço de 70 m2”, ele conta. Tudo para atender aos pedidos de Helena, que queria muita luz natural. “Antigamente, os espaços eram setorizados, protegidos. Hoje em dia, a vida é mais dinâmica, as pessoas não ficam tanto em casa, então tem de ser funcional. Por isso, a primeira atitude foi limpar e remover a alvenaria para criar um ambiente único”, diz Lenci, que está à frente do escritório de arquitetura Vapor 324.

Os tijolos originais das paredes ficaram à mostra, que junto com plantas, dão o tom da decoração | Foto: Gui Morelli

Apesar de todas as mudanças, como a retirada de um lavabo, o uso de castilhos para aproveitar a claridade das janelas e até um pedido do casal para mudar a pintura do prédio, que era vermelha e influenciava na luz que entrava na casa, a nova concepção do espaço já tinha a sua estrela: a cozinha. “Eu queria meus livros de gastronomia por perto e uma bancada grande para abrir massa, por exemplo, além de colocar louças e eletrodomésticos, sem aperto”, contou Helena, que tem família síria e libanesa e foi criada em torno da mesa da cozinha. Já Lenci é descendente direto de italianos, o que dispensa explicações quando o assunto é comida. “Enquanto meus amigos levavam hot dog para a escola, meu lanche era de omelete com cebola ou fígado. E eu adorava”, lembra. E já que pilotar o fogão é folia, é lá que eles passam a maior parte do tempo, seja para preparar o jantar, um bolo no meio da tarde ou simplesmente um cafezinho. Sempre a dois.

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