Publicidade
Ema Klabin, a mulher por trás da fundação que leva seu nome || Créditos: Acervo Pessoal
Ema Klabin, a mulher por trás da fundação que leva seu nome || Créditos: Acervo Pessoal

Falta pouco para a Festa de 10 anos da Revista J.P por Bradesco, que acontece neste domingo na Fundação Ema Klabin, no Jardim Europa, batizada em homenagem à empresária e filantropa. O local já seu tornou point entre os glamurettes, que também celebraram lá outros aniversários da J.P e é considerado um dos mais bonitos e elegantes de São Paulo. Além de amplo espaço para eventos, a instituição abriga ainda a coleção de obras de arte que Ema angariou a partir do final dos anos 1940, quando começou a frequentar galerias europeias e americanas em busca de peças originais de artistas de todas as partes do mundo.

Apaixonada por música e arte, Ema nasceu em 1907, no Rio de Janeiro. Seus pais eram imigrantes lituanos que vieram para o Brasil na última década do século 19. O pai de Ema, o industrial Hessel Klabin, foi um dos fundadores da fabricante de papel e celulose que leva o sobrenome deles. Os Klabin hoje possuem cerca de 20% da companhia. Educada no Brasil e na Europa, Ema viu de perto os estragos causados pela Primeira Guerra Mundial quando morou na Alemanha e na Suíça. De volta ao país natal em meados dos anos 1940, ela ainda teve que assumir os negócios da família após a morte de seu pai, em 1946. Apesar dos momentos difíceis, Ema sempre fez questão de dedicar parte de seu tempo a inúmeras atividades filantrópicas e assistenciais, com destaque para o papel que ela desempenhou na construção do Hospital Israelita Albert Einstein.

Quando sua coleção de obras de arte começou a ficar grande demais, Ema decidiu transformar em realidade o sonho de construir uma residência onde pudesse conviver com seu acervo pessoal, além de receber amigos e familiares. O projeto foi encomendado ao engenheiro-arquiteto Alfredo Ernesto Becker, em meados dos anos 1950, e foi inaugurado no final de 1960, com jardins assinados por Burle Marx, logo se tornando um ambiente frequentado por artistas e intelectuais. Sem herdeiros diretos, Ema, que morreu em 1994, assegurou que a casa e a coleção se tornassem acessíveis ao público em seu testamento, e a partir daí nasceu a fundação. Existe local melhor para se comemorar o aniversário de uma publicação que faz sucesso há dez anos? (Por Anderson Antunes)

Fundação Ema Klabin, no Jardim Europa || Créditos: Divulgação

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter