A apresentadora Fernanda Lima reuniu-se com outras personalidades, como Mariana Xavier e Marcela McGowan, em um evento do Março Lilás, campanha voltada à conscientização e prevenção do câncer de colo do útero. Durante o bate-papo, realizado no restaurante Casa Manioca, em São Paulo, especialistas apresentaram dados assustadores sobre a doença e reforçaram a importância da vacina contra o HPV, principal causador do câncer.
Em entrevista exclusiva a Glamurama, Fernanda Lima destacou a necessidade de informação e prevenção:
“É um assunto muito importante, eu diria até fundamental, para nós mulheres como sociedade, a gente se organizar e conseguir prevenir algo que é tão sério e mata. Estou muito feliz por falar em nome dessa causa”, afirmou a apresentadora.

O impacto do câncer de colo do útero no Brasil
Os números apresentados durante o evento demonstram a gravidade do problema:
- O câncer de colo do útero é o mais letal entre mulheres de até 36 anos.
- 19 mulheres morrem diariamente em decorrência da doença.
- Em 2022, 6.983 mulheres morreram por essa causa.
- Mulheres indígenas morrem 70% mais e mulheres negras morrem 20% mais do que mulheres brancas devido a essa enfermidade.
O HPV (Papilomavírus Humano) é o principal responsável pela doença, estando presente em 99% dos casos. Apesar da gravidade, esse tipo de câncer é altamente evitável por meio de vacinação, exames de rotina e tratamento de lesões pré-cancerígenas.
Prevenção: vacinas e exames são essenciais
No Brasil, a rede pública oferece gratuitamente a vacina quadrivalente contra o HPV para meninos e meninas de 9 a 14 anos, aplicada em duas doses. Existe também uma vacina nonavalente, disponível apenas na rede privada, que protege contra um maior número de tipos do vírus.
Além disso, uma nova vacina, aplicada em três doses, está disponível para adultos e também pode prevenir o câncer de colo do útero. A Austrália, com um amplo programa de vacinação, já erradicou quase completamente o HPV e as verrugas genitais.
Outro método fundamental para a prevenção é o rastreamento, feito por meio de exames como o Papanicolau e testes moleculares para detecção do HPV. Esses exames identificam lesões pré-cancerígenas e permitem tratamento precoce, evitando a evolução para um câncer invasivo.
O impacto na vida das mulheres
O HPV é um vírus altamente transmissível, que pode afetar 80% das pessoas sexualmente ativas ao longo da vida. O uso de preservativos não oferece proteção total, pois o vírus pode ser transmitido mesmo sem penetração vaginal ou anal.
Estudos mostram que 40% dos homens abandonam suas parceiras quando elas recebem o diagnóstico de câncer de colo do útero, evidenciando também o impacto social da doença.
A OMS estabeleceu metas globais para erradicar esse câncer até 2030, incluindo aumentar a cobertura vacinal e garantir o acesso universal a exames preventivos. No Brasil, ainda há 90 milhões de pessoas entre 9 e 45 anos que não foram vacinadas.
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